Cuiabá, 12 de Outubro de 2024

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Variedades Terça-feira, 02 de Julho de 2024, 14:38 - A | A

Terça-feira, 02 de Julho de 2024, 14h:38 - A | A

CUIABÁ

Trabalhadores da Limpurb assumem coleta de lixo durante greve de garis

São 18 veículos disponibilizados, ação é paliativa e deve atender 50% da demanda do serviço na Capital

Rdnews

Trabalhadores da limpeza urbana da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) começaram na manhã desta terça-feira (02) realizar a coleta seletiva para amenizar os prejuízos com a greve dos garis, que começou hoje. Foram disponibilizados 36 funcionários da Limpurb em 18 caminhões da Locar. Atualmente, são recolhidas cerca de 600 toneladas de lixo domésticos por dia na Capital.

Segundo o diretor-geral da Limpurb, João Carlos Hauer, a medida foi tomada após pedido da empresa Locar de trabalhadores para atuarem na coleta, em seus caminhões. Atualmente, 24 caminhões operam em Cuiabá, cada um com três funcionários por turno. No entanto, a Limpurb disponibilizou dois trabalhadores para cada caminhão, sendo 18 veículos, já que a estrutura não permite mais que isso.

“Não podemos deixar a cidade descoberta com a relação à coleta de lixo, então por determinação do prefeito Emanuel Pinheiro, em comum em acordo com a Locar, resolvemos fazer uma parceria. Eles vão fornecer os caminhões e motoristas e nós vamos fornecer o agente de conservação para fazer a coleta paliativa do lixo. Não vai resolver, mas vai amenizar a questão do acúmulo de lixo na cidade. Vamos disponibilizar 36 funcionários, porque não podemos deixar a cidade descoberta da limpeza urbana” explica João.

Os caminhões da Locar chegaram na Orla do Porto, em Cuiabá, no fim desta manhã. Os profissionais da limpeza da Limpurb receberam orientações e equipamentos de proteção para começar os serviços. Os veículos saíram do local em direção ao Centro da Capital, onde a coleta irá começar.

“Nós sabemos a dificuldade da população e o problema do acúmulo do lixo, vamos começar na região central, para depois entrar para os bairros, até que se finde a greve. Os funcionários vão trabalhar em quatro turnos, com 50% de efetivo”, esclarece o diretor. Os turnos vão iniciar às 5h da manhã e finalizar no período noturno, às 22h.

Além do Centro, João Carlos afirma que os caminhões atenderão as principais avenidas, como a Antártica, dos Trabalhadores, Arquimedes Pereira Lima, Fernando Corrêa e Avenida do CPA.

“Vai ter um acúmulo grande de lixo no qual precisará ser feita uma força-tarefa por parte da empresa quando for regularizada a coleta”, diz.

A greve também acontece em Várzea Grande, mas ainda não houve manifestações do Município sobre uma alternativa paliativa. 

A greve

Os garis da empresa Locar Saneamento Ambiental anunciaram greve a partir desta terça (02), por tempo indeterminado, pedindo reajuste salarial e melhores condições de trabalho. No domingo, no entanto, o juiz Tarcísio Regis Valente, do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região, expediu liminar considerando ilegal a greve e determinando multa diária de R$ 100 mil, atendendo ao pedido da Locar, que ajuizou um Dissídio Coletivo de Greve contra o sindicato. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores da Limpeza Urbana (Sindilimp-MT) decidiu manter o movimento, afirmando que estão dentro do prazo legal, visto que comunicou a paralisação das atividades no dia 28 de junho.

Reivindicações

Conforme o presidente do Sindilimp, Wenderson Alves de Freitas, os trabalhadores estão trabalhando mais de 10 horas por dia, sem tempo necessário para almoço, além de perseguição por parte dos fiscais. Os trabalhadores pedem que o salário seja reajustado dos atuais R$ 1.423 para, pelo menos, R$ 1.700 + benefícios. Os profissionais também reclamam de trabalhar além do horário combinado e das condições oferecidas pela empresa.

A Limpurb disse que não pode interferir nas ações feitas pela administração e gestão.

“A Prefeitura está pagando regularmente a Locar, o que existe é um atraso da Locar do recolhimento do FGTS, que não cabe a prefeitura e sim à empresa contratada e é uma questão que o sindicato está tentando resolver junto a empresa. A prefeitura não foi envolvida na mediação, entre o sindicato, MPT e empresa. Além disso, a empresa concedeu os aumentos previstos em lei e o sindicato está pleiteando um aumento no valor. Mesmo com decisão judicial, o sindicato está mantendo a greve. Esperamos que acabe logo, mas não podemos entrar na mediação, porque envolve um problema entre empresa e sindicato”, pontua João Carlos.

Veja o vídeo abaixo:

 

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