O empresário Eleus Amorim rechaçou a ideia de uma paralisação dos caminhoneiros em todo o país em protesto contra a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Eleus é presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga no Estado de Mato Grosso (Sindmat).
A paralisação, marcada para ter início nesta quinta-feira (04), foi convocada por lideranças da União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC). No ano de 2018, durante o governo do presidente Michel Temer (MDB), a categoria cruzou os braços por dez dias, chegando a causar falta de combustíveis e alimentos em várias regiões do país.
“É tudo bravata, são pessoas querendo se aparecer, se dizendo líderes de caminhoneiros, mas, na realidade, quem está falando aí são os caminhoneiros autônomos”, disse o empresário.
“Quem está falando em fazer paralisação são autônomos, mas são pessoas que não têm liderança nenhuma, tanto que entre eles mesmos a discórdia é muito grande, e eles mesmos estão brigando entre si. Não vai haver paralisação”, acrescentou Eleus.
Para Eleus, essa movimentação pode atender a interesses políticos de pessoas que querem se projetar visando às eleições do ano que vem.
Ele destacou que mesmo os caminhoneiros autônomos não têm o que ganhar com essa paralisação, uma vez que todo o setor de transporte de cargas vive um momento ruim.
“O transportador autônomo de carga, que tem prestação de caminhão para pagar, pneu para pagar, sabe quanto custa. Então ele tem que trabalhar. Hoje a crise está tão grande que, mesmo sem paralisação, já está passando por dificuldades; imagina paralisar”, disse o presidente do Sindmat.
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