O trânsito no Portão do Inferno, na rodovia estadual MT-251, em Chapada dos Guimarães, será totalmente bloqueado em dias úteis quando iniciarem as obras de retaludamento. O cronograma dos bloqueios foi repassado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) ao Ministério Público de Mato Grosso e confirmado pela assessoria da pasta. O início das obras de retaludamento no paredão rochoso que circunda a rodovia dependem da emissão de uma última autorização do Ibama.
A escala, que já foi repassada ao Ministério Público Estadual, prevê que os bloqueios totais serão realizados da seguinte maneira:
- segundas-feiras, das 7h às 18h
- terças, quartas e quintas, das 6h às 18h
- sextas-feiras, das 6h às 17h
Conforme o governador Mauro Mendes (União), após a licença para o início das obras o Ibama ainda precisa emitir a Autorização de Supressão Vegetal (ASV), necessária quando a vegetação nativa de um local protegido precisa ser removida para uma obra de interesse público.
A licença para o início da obra foi emitida em 28 de junho, mas não há data definida para início dos trabalhos na região.
A obra tem um prazo de 120 dias para ser concluída e aguarda questões burocráticas e condicionantes na liberação da licença ambiental que ainda estão sendo analisadas para definir a data de início.
A Sinfra realizou uma licitação emergencial para a execução de obras e a empresa contratada para a execução é a Lotufo Engenharia, que apresentou a melhor proposta financeira no valor de R$ 29,5 milhões.
Nessa sexta-feira (19), a Sinfra informou que não atendeu ao pedido do Ministério Pùblico para que trânsito no Portão do Inferno fosse liberado em razão do Festival de Inverno de Chapada dos Guimarães, que teve início na mesma data.
Em nota, a secretaria informou que o sistema pare e siga será mantido devido à impossibilidade técnica de garantir uma gestão de risco efetiva com a passagem totalmente liberada. A resposta leva em conta que um relatório técnico do próprio Ministério Público é contra a retirada do sistema.
Na resposta ao Ministério Público, a Sinfra também informou que não irá liberar a capacidade de carga do viaduto para veículos de até 12 toneladas, uma vez que os estudos evidenciaram a fragilidade do maciço no entorno da fundação do viaduto, que não é estável o suficiente para suportar grandes cargas de pesos com segurança.