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Esporte Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2024, 09:31 - A | A

Terça-feira, 06 de Fevereiro de 2024, 09h:31 - A | A

CORRENDO RISCO

Frágil na defesa e refém de Endrick no ataque, Brasil precisa se reinventar por vaga em Paris

Seleção é facilmente superada no jogo aéreo, nas disputas físicas e não consegue se impor na abertura do quadrangular final. Atacante do Palmeiras até cria boas jogadas, mas perde pênalti

Cahê Mota
GE

Um jogo para se lembrar, analisar, rever e nunca mais repetir nem de perto a atuação. derrota do Brasil para o Paraguai na estreia do quadrangular decisivo do Pré-Olímpico foi daquelas assustadoras, onde praticamente impossível achar um só ponto positivo. Frágil na defesa e nula no ataque, a Seleção viveu de suspiros de um Endrick que até criou boas chances, mas pecou na hora de decidir.

O pênalti perdido quando o placar estava 0 a 0 acaba jogando os holofotes para cima do garoto que praticamente "inventou" as jogadas mais perigosas do Brasil quatro vezes no primeiro tempo. A impressão que fica, e não é de hoje, é de que o garoto do Palmeiras precisa se virar diante de defesa em superioridade numérica para levar a Seleção ao gol com o auxílio de John Kennedy. Dessa vez, não deu.

Brasil x Paraguai
- Posse de bola: 55% x 45%
- Finalizações: 5 x 19
- Finalizações no gol: 1 x 6
- Passes trocados: 314 x 238
- Faltas cometidas: 14 x 21
- Escanteios: 2 x 7

O Brasil foi superado pelos paraguaios em todas as características determinantes de um jogo: técnico, físico, tático e até comportamental. O Paraguai se impôs no campo de ataque desde o início, levou a melhor nas divididas, dificultou a saída de bola do time de Ramon e atropelou nas disputas pelo alto.

A alternativa do pelo jogo aéreo era evidente, e passou a ser usada à exaustão a partir do momento que o Paraguai percebeu que batia facilmente os defensores brasileiros. Não à toa, foi dessa maneira que marcou o gol da vitória com Peralta aproveitando cochilo de Khellven e Mycael já nos acréscimos do primeiro tempo. Vantagem justa que acabou determinando o placar.

Abusando do chuveirinho, os paraguaios abriram o campo e conseguiram travar os avanços dos laterais brasileiros, em especial pelo lado de Khellven. O Brasil dificilmente conseguia sair jogando, trocar passes e não tinha aproximação, facilitando a defesa adversária.

Ainda assim, teve chances de abrir o placar, é bem verdade. Todas as em jogadas de Endrick aliando técnica e força. Na primeira, driblou o goleiro, mas ficou sem ângulo. Depois, cobrou mal pênalti sofrido por ele próprio. Em seguida, levou a melhor em tranco com o zagueiro e chutou com perigo. E por último recebeu de Pirani para deixar JK praticamente com o gol vazio e finalizar para fora.

Pouco. Muito pouco para um Brasil que teve a melhor campanha da primeira fase, mas também pouco balançou as redes sem a presença decisiva de Endrick e John Kennedy. As 19 finalizações paraguaias contra apenas cinco da Seleção ajudam a explicar um pouco o que foi o jogo na tarde de segunda-feira em Caracas. Nem mesmo quando o Paraguai se recuou e apelou para cera, a Seleção conseguiu pressionar - na reta final, já sem Endrick em campo.

As baixas por lesão de três titulares reduziram as opções de Ramon Menezes, é importante pontuar. Michel, Kaiki Bruno e Marlon Gomes eram peças importantes, principalmente na organização defensiva, mas falta repertório para um time que já vê o sonho do tri olímpico ameaçado.

Com Venezuela e Argentina pela frente, o Brasil precisa vencer os dois jogos para chegar aos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Até quinta-feira, quando enfrenta os donos da casa, é necessário melhorar muito.

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