Os cursos de Medicina em Mato Grosso registraram queda ou estagnação no desempenho em 2023, segundo dados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) divulgados pelo Ministério da Educação na última semana. Entre as instituições avaliadas, apenas a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR) se destacou com nota satisfatória e avanço em indicadores como infraestrutura e formação dos alunos.
O levantamento leva em conta o Conceito Preliminar de Curso (CPC), que vai de 1 a 5 e considera aspectos como desempenho dos estudantes, infraestrutura, formação docente e organização pedagógica. As notas 1 e 2 são classificadas como insatisfatórias; 3 como regular; e 4 e 5 como satisfatórias.
A UFR obteve CPC faixa 4, a melhor nota entre as instituições avaliadas no estado. A universidade também se destacou nos componentes de Formação Geral e Conhecimento Específico, além de apresentar bom desempenho nos critérios de infraestrutura e oportunidades de ampliação da formação.
O Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG) também alcançou CPC 4, com avanço em relação a 2019 nas áreas de estrutura e organização didático-pedagógica. Ambas as instituições foram as únicas a receber conceito satisfatório no estado.
Já a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que em 2019 havia obtido CPC 4 no campus de Cuiabá, caiu para nota 3 em 2023. O mesmo ocorreu com a unidade de Sinop, que também ficou com conceito regular, sem destaque em critérios específicos. Houve queda nos indicadores de Formação Geral e Componente Específico.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), em Cáceres, manteve CPC 3, mas piorou no IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado), que caiu de -1,329 para -2,041. O índice quanto os estudantes performaram abaixo do que seria esperado, considerando seu perfil socioeconômico e trajetória educacional.
O curso de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic) também manteve nota 3, com desempenho considerado regular. No entanto, apresentou um dos piores resultados no critério “Doutores”, que avalia o percentual de professores com titulação de doutorado — o indicador ficou em 0,727.
Confira o desempenho de cada instituição: