Cuiabá, 05 de Novembro de 2025

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Saúde Sexta-feira, 26 de Setembro de 2025, 09:32 - A | A

Sexta-feira, 26 de Setembro de 2025, 09h:32 - A | A

27 SEMANAS

Médica estranha aborto e Polícia acha feto em saco de lixo

Paciente foi atendida em hospital após expulsar o feto em casa, mas não levou material para análise

Midianews

Uma mulher de 24 anos que não teve sua identidade relevada, é investigada pela morte de um feto de aproximadamente 27 semanas, encontrado dentro de um saco plástico de lixo em um quarto de residência no bairro Coxipó da Ponte, em Cuiabá, na tarde desta quinta-feira (25). Ela foi atendida no Hospital Geral. 

O caso foi descoberto após a equipe médica do Hospital de Guarnição de Uberaba (HGU) acionar a Polícia Militar para relatar uma situação suspeita envolvendo uma paciente.

O fato foi registrado como isolamento e preservação de local com evento de morte consumado. A guarnição policial foi acionada via CIOSP por volta das 13h20. 

De acordo com o relato da médica plantonista à PM, a paciente deu entrada no pronto-atendimento após ter expulso o feto pela manhã em sua casa. A gestação havia sido confirmada por ultrassom em 18 de setembro, indicando 26 semanas na época, evoluindo para 27 semanas atualmente. A mulher informou ter eliminado o feto e a placenta, mas não trouxe o material para o hospital.

A médica destacou à polícia que não é comum a ocorrência de aborto espontâneo em uma gestação tão avançada. Durante o atendimento, a paciente, que não possui comorbidades conhecidas, apresentava sangramento vaginal discreto. O exame físico constatou colo vaginal entreaberto, útero contraído e lóquia habitual. 

A ultrassonografia realizada no hospital evidenciou útero aumentado de volume com presença de coágulos na cavidade. Ela foi internada para cuidados puerperais.

Feto localizado

A paciente foi orientada pela médica sobre a necessidade de trazer o material expulso para análise. A médica também acionou a Assistência Social e o Conselho Tutelar. Diante das inconsistências no relato da paciente, que não soube informar se o feto nasceu com vida ou não e se recusou a dar detalhes do ocorrido, a polícia foi acionada. 

Uma oficial de área da PM compareceu ao hospital. Em contato com a paciente, os policiais foram informados por ela de que o feto havia sido deixado enrolado em um lençol e que a casa estava trancada. A Guarnição de Polícia Militar (GUPM) deslocou-se até o endereço, acompanhada da oficial e da irmã da paciente.

No local, os policiais adentraram a residência e localizaram o feto dentro de um saco plástico de lixo em um dos quartos. A área foi imediatamente isolada e preservada como cena de crime. 

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a Perícia Oficial e Identificação Técnica (POLITEC) e o Conselho Tutelar foram acionados e compareceram ao local. De acordo com o relato de uma médica do SAMU, o feto foi encontrado em um saco de lixo, sem sinais vitais.

Enquanto as investigações eram iniciadas na residência, uma guarnição de ronda comercial permaneceu no hospital acompanhando a paciente até a liberação por parte do delegado plantonista. 

A GUPM deslocou-se posteriormente à Central de Flagrantes para registrar o fato. O caso agora será investigado pela DHPP, que deve apurar as circunstâncias da morte do feto.

 

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