Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), casos da doença estão crescendo de forma significativa em Mato Grosso desde 2021, quando foram registrados 2.106 diagnósticos. Em 2022, foram 2.375. Já em 2023, dados parciais aponta quase o dobro de casos, sendo 4.212.
Médica dermatologista e professora da faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Vivian Galindo, explicou à reportagem que, embora seja uma doença séria, quando tratada no início, é possível prevenir complicações e sequelas da hanseníase, que podem resultar em deformidades e desconfortos ao paciente.
"A hanseníase é uma doença muito estigmatizante, o que gera constrangimento em muitos pacientes. Além disso, com a evolução da doença, caso não seja tratada, podem ocorrer deformidades nas mãos e nos pés, principalmente", lembrou a médica.
Em casos de deformidades, Vivian lembra que o paciente pode apresentar dificuldade para andar, por exemplo. Outro ponto negativo, que afeta o tratamento, é a frustração na autoestima dos pacientes.
Os principais sintomas da doença - que pode variar de pessoa para pessoa - ainda são as manchas ou lesões na pele, que podem ser esbranquiçadas ou avermelhadas. Elas resultam na perda de sensibilidade e/ou dor nas áreas afetadas, lesões ou paralisia muscular, problemas de visão ou cegueira, bem como dor e sensibilidade nos nervos.
Segundo a dermatologista, embora haja vacina que possa ajudar a evitar a infecção, a melhor forma de prevenir é o diagnóstico precoce.
"A vacina BCG, contra a tuberculose, tem proteção contra a hanseníase também. Essa vacina é administrada logo nos primeiros dias de vida do bebê. No entanto, pacientes que tenham contato com alguém com hanseníase podem ser orientados a receber uma dose adicional da BCG. Embora a vacina não previna completamente a doença, ela pode reduzir o risco de infecção e sua gravidade”, afirmou.
O diagnóstico é realizado por meio de exame físico, feito por um médico treinado. Nele, é avaliada a sensibilidade das lesões de pele, como a sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, além de realizar a palpação dos nervos. Outros métodos complementares para auxiliar no diagnóstico incluem o exame de baciloscopia e a biópsia de pele.
Medidas de Prevenção e Tratamento
A melhor medida de prevenção é o diagnóstico precoce e, por isso, o paciente deve ser consultado por um profissional logo nos primeiros sintomas. Em casos de familiares ou contatos domiciliares de pessoas com hanseníase, é fundamental que eles também sejam avaliados para investigação. A vacinação com o BCG pode auxiliar na prevenção.
Já o tratamento da hanseníase é feito com o uso de ao menos 3 medicamentos orais, alguns de uso diário e outros de uso mensal, por um período de 6 a 12 meses, podendo ser estendido conforme o caso.
Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), casos da doença estão crescendo de forma significativa em Mato Grosso desde 2021, quando foram registrados 2.106 diagnósticos. Em 2022, foram 2.375. Já em 2023, dados parciais aponta quase o dobro de casos, sendo 4.212.
Médica dermatologista e professora da faculdade de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Vivian Galindo, explicou à reportagem que, embora seja uma doença séria, quando tratada no início, é possível prevenir complicações e sequelas da hanseníase, que podem resultar em deformidades e desconfortos ao paciente.
"A hanseníase é uma doença muito estigmatizante, o que gera constrangimento em muitos pacientes. Além disso, com a evolução da doença, caso não seja tratada, podem ocorrer deformidades nas mãos e nos pés, principalmente", lembrou a médica.
Em casos de deformidades, Vivian lembra que o paciente pode apresentar dificuldade para andar, por exemplo. Outro ponto negativo, que afeta o tratamento, é a frustração na autoestima dos pacientes.
Os principais sintomas da doença - que pode variar de pessoa para pessoa - ainda são as manchas ou lesões na pele, que podem ser esbranquiçadas ou avermelhadas. Elas resultam na perda de sensibilidade e/ou dor nas áreas afetadas, lesões ou paralisia muscular, problemas de visão ou cegueira, bem como dor e sensibilidade nos nervos.
Segundo a dermatologista, embora haja vacina que possa ajudar a evitar a infecção, a melhor forma de prevenir é o diagnóstico precoce.
"A vacina BCG, contra a tuberculose, tem proteção contra a hanseníase também. Essa vacina é administrada logo nos primeiros dias de vida do bebê. No entanto, pacientes que tenham contato com alguém com hanseníase podem ser orientados a receber uma dose adicional da BCG. Embora a vacina não previna completamente a doença, ela pode reduzir o risco de infecção e sua gravidade”, afirmou.
O diagnóstico é realizado por meio de exame físico, feito por um médico treinado. Nele, é avaliada a sensibilidade das lesões de pele, como a sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, além de realizar a palpação dos nervos. Outros métodos complementares para auxiliar no diagnóstico incluem o exame de baciloscopia e a biópsia de pele.
Medidas de Prevenção e Tratamento
A melhor medida de prevenção é o diagnóstico precoce e, por isso, o paciente deve ser consultado por um profissional logo nos primeiros sintomas. Em casos de familiares ou contatos domiciliares de pessoas com hanseníase, é fundamental que eles também sejam avaliados para investigação. A vacinação com o BCG pode auxiliar na prevenção.
Já o tratamento da hanseníase é feito com o uso de ao menos 3 medicamentos orais, alguns de uso diário e outros de uso mensal, por um período de 6 a 12 meses, podendo ser estendido conforme o caso.