Cuiabá, 27 de Agosto de 2025

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Saúde Sexta-feira, 18 de Julho de 2025, 12:31 - A | A

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SAÚDE PÚBLICA

Cuiabá registra 193 mortes por diabetes em 2024; maioria tinha mais de 60 anos

Baixa escolaridade, raça parda e sexo feminino predominam entre os óbitos, segundo análise da Vigilância em Saúde.

Pnb online

Cuiabá registrou 193 mortes por diabetes mellitus em 2024, segundo levantamento da Vigilância em Saúde da capital divulgado nesta sexta-feira(18.07) pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Cuiabá). A maior parte das vítimas (81%) tinha 60 anos ou mais. De acordo com a pasta, a doença afeta mais de 35 mil pessoas cadastradas na rede de atenção básica do município.

A análise, do Centro de Informação Estratégica de Vigilância em Saúde (CIEVS), mostra que a faixa etária com maior número de mortes foi a de 80 anos ou mais (30,5%), seguida pelas de 60 a 69 anos (25,9%) e 70 a 79 anos (25,3%). A mortalidade prematura, entre 30 e 69 anos, correspondeu a 43,5% dos casos.

“Esse dado indica falhas no diagnóstico precoce, no controle glicêmico e na adesão ao tratamento, especialmente na atenção primária à saúde”, aponta o relatório técnico elaborado pela Gerência de Doenças e Agravos Não Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica de Cuiabá.

Do total de óbitos, 58% foram de mulheres. A predominância feminina pode estar relacionada a fatores como estresse psicossocial e alterações metabólicas durante a vida reprodutiva, segundo a Federação Internacional de Diabetes.

A escolaridade também se mostrou um fator importante. A maioria dos mortos tinha até 11 anos de estudo, e apenas 9% haviam concluído o ensino médio ou cursado o ensino superior. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde, cada ano adicional de escolaridade reduz o risco de morte precoce por doenças crônicas.

A cor parda foi a mais frequente entre os óbitos (51%), seguida por branca (34%) e preta (14%). Para os autores do estudo, esse recorte evidencia desigualdades no acesso a serviços de saúde e cuidados culturalmente adequados.

O levantamento alerta ainda para possível subnotificação, já que complicações associadas ao diabetes, como infarto, AVC e insuficiência renal, muitas vezes aparecem como causa principal da morte, ocultando a condição de base. O documento recomenda o fortalecimento da atenção básica, ações de educação em saúde e campanhas locais para prevenção e diagnóstico precoce da doença. Também propõe melhorias no monitoramento de pacientes e na qualidade das informações registradas nos sistemas públicos de saúde.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, o diabetes é responsável por 1,6 milhão de mortes por ano em todo o mundo. A Sociedade Brasileira de Diabetes estima que 10% da população brasileira conviva com a doença.

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