Cuiabá, 09 de Setembro de 2025

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Política Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025, 08:40 - A | A

Quarta-feira, 03 de Setembro de 2025, 08h:40 - A | A

APÓS ACUSAÇÃO DE PROPINA

Volta de Chico 2000 e Sargento Joelson traz alívio financeiro à Câmara de Cuiabá, diz Paula Calil

Os dois ficaram afastados do cargo por cerca de quatro meses, recebendo aproximadamente R$ 26.080,98 em salário e outros subsídios, mesmo valor despendido com seus suplentes

Únicanews

A vereadora Paula Calil, presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, afirmou que a saída dos suplentes Fellipe Corrêa (PL) e Gustavo Padilha (PSB) será um alívio financeiro para o legislativo municipal. Isto porque, com a volta dos vereadores Sargento Joelson (PSB) e Chico 2000 (PL), que mesmo afastados cargos devido à investigação da Operação Perfídia continuaram a receber subsídio, voltam a ser remunerados apenas 27 parlamentares e não mais 29.

“Com certeza [traz alívio], como gestora do orçamento da casa, nós estaremos retornando à normalidade, que é previsto já dentro do nosso orçamento. Agora nós teremos 27 vereadores que receberão seus subsídios e os demais no contexto do salário dos vereadores”, afirmou a presidente.

Chico e Joelson estavam afastados do cargo desde o dia 29 de abril deste ano. Acusados de corrupção passiva, os dois foram alvos da Operação Perfídia por suposto esquema de propina envolvendo a empresa responsável pelas obras da avenida Castorina Sabo Mendes, o "Contorno Leste”. Eles já haviam tentado voltar à Casa de Leis, mas sem sucesso até a última semana.

Joelson conseguiu parecer favorável a um habeas corpus parcial que permite sua volta ao cargo no legislativo municipal na última sexta-feira, 29 de agosto. Já o retorno de Chico foi autorizado na segunda-feira (1º). Os dois ficaram afastados do cargo por cerca de quatro meses, recebendo aproximadamente R$ 26.080,98 em salário e outros subsídios, mesmo valor pago aos suplentes que ocuparam os cargos nesse período.

Ou seja, em 4 meses, a Câmara despendeu de R$ 208.647,84, ao invés de R$ 104.323,92 habituais, mais R$ 652.024,50 dos outros 25 vereadores.

Mas, apesar de a volta dos dois vereadores já terem sido liberadas pela Justiça, a Casa ainda precisa ser notificado, o que, segundo Paula, ainda não aconteceu: “ Nós estamos aguardando a notificação judicial, ou através do oficial de justiça. Nós já sabemos que a decisão tribunal já foi para a primeira instância, então logo, logo nós seremos notificados ou intimados através do oficial de justiça. Assim que nós formos notificados, os vereadores titulares retornam às suas funções na casa. E até o momento, acabei de verificar, nós não fomos ainda notificados”.

Segundo Paula, a volta dos vereadores será tranquila e não deve afetar negativamente a imagem do legislativo municipal: “O clima? Eu acredito que os vereadores serão… retornam à casa, aos seus trabalhos. Eu penso que a Câmara Municipal de Cuiabá, ela é muito maior do que tudo isso.  Enquanto a imagem da Câmara Municipal de Cuiabá, quando nós somos eleitos, nós somos 27 vereadores, eleitos pelo povo, todos maiores de idade, todos respondem pelos seus atos, pelas suas atitudes”.

Perfídia

Deflagrada na manhã de 29 de abril, a operação cumpriu 27 ordens de busca e apreensão na cidade de Cuiabá, nas casas dos dois vereadores e nos gabinetes deles na Câmara de Vereadores da Capital, além de buscas nos sistemas e câmeras de monitoramento da própria Câmara Municipal, local onde o crime teria ocorrido.

Com o cumprimento dos mandados, tanto Chico 2000 quanto Sargento Joelson foram afastados do cargo por decisão judicial e estão impedidos de manter contato entre si, com testemunhas e servidores da Câmara de Cuiabá, bem como de acessar à sede do legislativo ou as obras do Contorno Leste.

Eles também não poderão se ausentar da cidade sem autorização da Justiça. Além disso, ambos deverão entregar seus passaportes imediatamente à autoridade policial.

O nome da operação (Perfídia) faz menção ao significado da palavra, que significa “a qualidade de alguém que age com falsidade, traição ou deslealdade, ou seja, que não cumpre com as promessas ou obrigações”.

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