A vice‑prefeita de Cuiabá, Vânia Rosa, fez sua primeira manifestação ampla sobre o episódio envolvendo uma maca na Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob). O fato ganhou repercussão após o prefeito Abilio Brunini (PL) divulgar vídeo mostrando a maca na antesala da vice‑secretaria, incidente que culminou com a presença da Polícia Militar.
Vânia esclareceu que não foi ela quem acionou os policiais. Segundo ela, ao chegar ao local, encontrou a corporação já presente.
“Eu não fui eu que chamei a Polícia Militar. Quando eu cheguei, a polícia estava lá sim, mas não fui eu quem chamei. Ela foi acionada, logicamente, mas não fui eu. Isso está registrado no Ciosp, mas não fui eu que fiz a solicitação”, disse durante coletiva nesta sexta-feira (12).
Apesar de constar em ocorrência registrada, Vânia afirmou desconhecer quem fez a chamada.
“Eu não sei quem chamou. Isso está registrado na ocorrência, mas repito: não fui eu que fiz o chamado”.
Sobre a maca, que se tornou símbolo de crítica política e questionamentos, a vice‑prefeita explicou que o objeto não foi adquirido para uso pessoal, mas fazia parte de atividades sociais anteriores ao seu mandato como vice‑prefeita.
“Ficar chateada é algo pessoal, né? Logicamente que tem algumas ressacas emocionais que a gente tem que lidar, porque a gente não é de ferro. Mas a repercussão em si… talvez o prefeito nem sabia que poderia gerar tudo isso, nem eu. Então: nunca usei essa maca, essa maca foi usada em projetos sociais que eu fazia, que foi uma doação. E vou continuar usando; tomara que seja uma maca melhor, porque aquela maca lá de verdade é bastante precáriazinha”, disse.
Vânia também lembrou que, enquanto servia como major da Polícia Militar, já realizava projetos voltados à qualidade de vida dos servidores públicos. Ela citou o programa “Saúde em QAP”, que virou referência, inclusive em mídia nacional.
“Eu fiz um trabalho de qualidade de vida no trabalho com os policiais ainda enquanto major, chamava‑se Saúde em QAP… sempre primei muito por levar qualidade de vida pra quem presta qualidade de vida social, que são nossos servidores públicos”.
Por fim, ela reforçou que não deseja que o episódio, a maca, deixe um rótulo negativo permanente em sua trajetória.
“Para mim, realmente a maca não define, e a gente vai ter que continuar trabalhando… isso é algo que é muito genuíno meu e eu não quero deixar com isso uma abertura negativa. Temos que ampliar esse leque”, concluiu.
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