O diretório municipal do Republicanos enfrenta um dilema: compor o arco de aliança e auxiliar na pré-campanha do presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (União), ou apostar na candidatura própria e investir no nome do deputado estadual Diego Guimarães. Em coletiva de imprensa realizada nessa terça-feira (18), a vereadora Maysa Leão (Republicanos) contou que o grupo chegou a se reunir para debater as possibilidades, porém nada ficou definido.
“A gente teve uma pequena reunião entre eu, o presidente Eduardo Magalhães e alguns dos mais preocupados e que trabalharam na montagem de chapa para falar sobre isso. Há um desejo que não está equilibrado. Muitas pessoas querem continuar com Botelho e algumas pessoas querem chancelar a candidatura do deputado Diego Guimarães”, relatou a parlamentar que completa:
“Essa é uma decisão que vai ser feita quando a gente chegar em um denominador comum porque está empatado e o presidente Eduardo Magalhães deixou muito claro, que a decisão vai ser da chapa essa não é uma decisão de nenhum líder partidário já que a gente teve esse compromisso de que a chapa decidisse”.
A novidade do desejo republicano em concorrer às eleições 2024 com candidatura própria é resultado da indecisão de Botelho em anunciar seu vice.
Dado o amplo cerco de alianças do parlamentar com partidos, para além do Republicanos, como o PP, Solidariedade e a possibilidade de que o nome saia do PRD, com Felipe Wellaton, o diretório municipal tenta pressionar uma decisão por parte do grupo de Botelho para que a escolha do vice esteja entre nomes republicanos seja com o médico Marcelo Sandrin ou da tenente-coronel Hadassa.
A alegação é de que caso a decisão de Botelho seja pela sigla recém-criada, o Republicanos deve seguir independente nas eleições 2024. O argumento é de que o PRD sequer tem vereadores eleitos e não anseia construir chapa para angariar cadeiras no parlamento municipal, ante o Republicanos que conta com duas vagas na Câmara Municipal e tem o presidente regional como o vice-governador Otaviano Pivetta.
Acontece que Diego chegou a anunciar que seria pré-candidato à prefeitura de Cuiabá, ainda no ano passado, mas foi severamente reprimido pelo próprio diretório municipal, que afirmava que a decisão não teria sido coletiva.
O objetivo era, no entanto, considerar a posição de compor chapa com Botelho, que há meses protela a definição. Com isso, a sigla republicana segue na indecisão entre considerar a composição de chapa ao lado do presidente da ALMT, seguir como aliado, caso a escolha de Botelho para vice sejam nomes fora da silga, ou reparar o tempo perdido e alavancar o nome de Diego.