Cuiabá, 18 de Agosto de 2025

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Política Segunda-feira, 18 de Agosto de 2025, 08:07 - A | A

Segunda-feira, 18 de Agosto de 2025, 08h:07 - A | A

RGA EM JOGO

Reajuste salarial divide posições entre governador Mauro Mendes e vice Otaviano Pivetta

Da Redação

O debate sobre a recomposição salarial dos servidores públicos de Mato Grosso ganhou novos contornos após o governador Mauro Mendes (União Brasil) reafirmar sua oposição a um reajuste geral. Em contraste, o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) adotou um tom mais conciliador, reconhecendo a necessidade de manter a categoria motivada.

A pressão por uma revisão salarial tem aumentado dentro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e entre sindicatos. O movimento é embasado em um estudo do Dieese, que aponta defasagem acumulada de quase 20% (19,52% pelo IPCA) entre 2017 e 2025. O levantamento também indica que o Estado teria condições fiscais de cobrir essas perdas, já que os gastos com pessoal correspondem a cerca de 36% da receita.

Mesmo diante desses dados, Mauro Mendes reforçou, na última quinta-feira (14), sua preferência por um modelo de remuneração baseado em resultados. Ele destacou experiências já em vigor em secretarias como Educação, Sema e Segurança, nas quais o desempenho individual é considerado para definir ganhos adicionais.

“Na Educação, por exemplo, qual o estado brasileiro em que o professor pode ganhar um décimo quarto, décimo quinto de salário? Na Sema já foi implantado. Esse mês estamos implantando na Segurança”, disse o governador, classificando o sistema como um “jogo ganha-ganha”, que melhora os serviços e valoriza os servidores mais produtivos.

Pivetta, por sua vez, embora discorde do percentual de 20% indicado pelo Dieese, defendeu diálogo e valorização dos servidores. “Nós somos sensíveis a essa questão. Nós precisamos dos servidores todos motivados. (...) Nós vamos fazer o possível para continuar motivando os servidores”, afirmou.

Segundo ele, o atual governo já promoveu avanços: “Não é 20%. Desde o início do nosso governo, nós não só colocamos o salário em dia, como aumentamos o salário. E nós vamos, na medida do possível...”

Enquanto isso, o tema da Revisão Geral Anual RGA segue no centro das discussões políticas. A deputada Janaina Riva (MDB) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para estabelecer uma data-base fixa. Já o deputado Lúdio Cabral (PT) classificou a recomposição como uma “dívida histórica” com os servidores.

Também favorável ao debate, o deputado Eduardo Botelho (União Brasil) defendeu a criação de uma mesa técnica, com participação direta dos servidores, para discutir alternativas de forma transparente.

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