O presidente do PT em Cuiabá, Bob Almeida, afirmou que não há chance de a direção nacional da sigla escolher a ex-deputada federal Rosa Neide como candidata a prefeita de Cuiabá. Para ele, essa possibilidade seria "rasgar o estatuto partidário".
Em dezembro do ano passado, o deputado estadual Lúdio Cabral venceu as prévias do PT contra a ex-federal. A direção municipal do partido, então, definiu Lúdio como pré-candidato. Apesar de ter sido derrotada, Rosa Neide não retirou o nome da disputa, o que levantou rumores de que ela estaria articulando com a direção nacional do PT para ter sua pré-candidatura viabilizada.
“Não existe essa possibilidade [de a Rosa Neide ser nomeada]. A decisão de escolher a candidatura é do diretório municipal, não haverá imposição da nacional. Isso é fato. Seria rasgar o estatuto”, disse ele.
Bob explicou que a direção nacional do PT só poderia escolher o pré-candidato a prefeito de Cuiabá caso encontrasse alguma irregularidade no processo que validou a pré-candidatura de Lúdio. Segundo ele, a função da nacional é aprovar os indicados da direção municipal, não escolhê-los.
"O encontro que fizemos com mais de 740 militantes é legítimo, não foi contestado. Para tirar o Lúdio e colocar a Rosa Neide, teria que haver uma intervenção e seria necessário que o diretório municipal estivesse descumprindo cláusulas. E isso não existe”, afirmou.
“Enquanto eleição, a gente se submete à nacional, que não escolhe candidatura nas capitais. Quem escolhe são os filiados de cada município. O diretório nacional homologa, não intervém [na escolha]”, completou.
Escolha da federação
Apesar de o PT municipal ter “bartido o martelo” na escolha de Lúdio, o petista ainda depende do aval da federação partidária Brasil da Esperança (composta pelo PT, PV e PCdoB).
Na federação, ele tem como rival o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), que também quer se candidatar a prefeito. Stopa é aliado do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), quer atualmente é alvo de críticas do PT.
O nome da federação deve ser definito até as convenções partidárias, que ocorre entre o final de julho e início de agosto.
