O procurador de Justiça Domingos Sávio Barros de Arruda, do Ministério Público Estadual (MPE), classificou como "idônea e verossímel" a acusação do prefeito eleito Abílio Brunini (PL) de que vereadores eleitos de Cuiabá teriam relação com uma facção criminosa.
Abilio tem feito acusações de que a referida facção tem se articulado na eleição da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá, que toma posse no dia 1º de janeiro do próximo ano, e que um grupo de vereadores receberam propostas de R$ 200 mil para votar em um candidato a presidente.
"A denúncia do prefeito eleito não é leviana e nem pode ser rotulada como mero discurso político. Por conta disso tudo, devemos ter como idônea e verossímil a acusação feita por ele", afirmou o procurador.
A declaração do membro do MPE foi feita nesta terça-feira (12), em um vídeo publicado em suas redes sociais.
Na gravação, o procurador afirmou que não causa estranheza a acusação de Abilio, posto que as organizações criminosas em todo o mundo tentam criar "tentáculos nas entranhas dos poderes e instituições do Estado e ter ali pessoas que os representam e atendam aos seus interesses".
Investigação
"Isso, aliás, pode ser apontado como uma característica do crime organizado. No entanto, a denúncia é preocupante quando aponta incisivamente, de maneira tão taxativa que existem vereadores eleitos em Cuiabá, graças ao apoio dessas organizações, e que elas buscam agora influenciar na definição da Misa Diretora da Câmara Municipal", disse.
Para o procurador de Justiça, a acusação deve ser investigada pela Polícia Civil e seus desdobramentos aguardados.
"O prefeito eleito, côncio das suas responsabilidades, já se reuniu com o secretário estadual de Segurança Pública e apresentou as informações que ele possui e que dão suporte às suas denúncias. Cabe agora a Polícia Judiciária Civil investigar verticalizadamente o caso. Vamos aguardar. Isso não pode ser deixado de lado", afirmou o procurador.
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