Cuiabá, 24 de Março de 2025

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Política Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 14:01 - A | A

Segunda-feira, 23 de Setembro de 2024, 14h:01 - A | A

PRESO EM OPERAÇÃO

Prefeito é contra já "condenar" vereador, mas reconhece mancha ao MDB

Emanuel revela que ficou surpreso com a prisão, mas acredita que agora o parlamentar terá chance de se defender das acusações

Rdnews

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), comentou sobre a prisão do correligionário e vereador da sua base, Paulo Henrique (MDB), na sexta-feira (20), durante a Operação Pubblicare, por suposto envolvimento com o Comando Vermelho na Capital. O gestor afirma que ficou surpreso com a prisão, mas acredita que agora o parlamentar terá chance de se defender das acusações e que não irá condená-lo sem que o inquérito policial seja concluído.

“Foi uma surpresa. Além de ser vereador do meu partido, ele é um amigo pessoal. Estou solidário à família e ele com certeza, através dos seus advogados, vai poder esclarecer essa situação. Como eu sempre disse, existe um inquérito, um processo de investigação e até que se conclua a sentença final, você não pode condenar antecipadamente ninguém. Claro que não é bom, mas ele terá a sua oportunidade de defesa”, disse Emanuel à imprensa na manhã desta segunda-feira (23).

A operação deflagrada na sexta-feira foi desdobramento da Operação Ragnatela, deflagrada em junho deste ano e que desarticulou um grupo criminoso que teria adquirido uma casa noturna em Cuiabá pelo valor de R$ 800 mil. A compra foi paga em espécie, com o lucro de atividades ilícitas. A partir de então, os suspeitos passaram a realizar shows de MCs nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa e promoters.

Na ocasião, Paulo Henrique foi citado como suposto responsável por atuar em benefício do grupo na interlocução com os agentes públicos, recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros. 

O parlamentar, que era filiado ao PV, aproveitou a janela partidária para migrar para o MDB. Emanuel reconhece que a prisão do vereador é uma “macha” para o partido, mas reforça que está no aguardo do desenrolar da investigação.

“O prejuízo é grande, manchar a imagem, como eu disse, nunca é algo positivo, é como ocorreu com o União Brasil em Várzea Grande com a prisão do vereador Pablo no mesmo dia. Não é bom para nenhum partido, mas vamos esperar o desenrolar das investigações para saber a responsabilidade ou não de cada um para não condenar nenhum por antecipação [...] quem acusa tem que ter o ônus da prova então caberá a polícia em geral e ao Ministério Público fazer a investigação. São acusações graves e que deverão sofrer todo tipo de investigação até que se prove ou não”, pontuou o prefeito.

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