O governador em exercício, Otaviano Pivetta (Republicanos), "selou" a paz com o presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso Eduardo Botelho (União Brasil) e negou que tenha alfinetado o aliado ao ter declarado apoio a Abilio Brunini (PL) na disputa da Prefeitura de Cuiabá, no segundo turno.
Pivetta havia pontuado que todos os "perdedores" de Cuiabá e Várzea Grande estariam apoiando Lúdio Cabral (PT) na surdina. A situação gerou tensionamento no grupo político do governador Mauro Mendes (União Brasil).
Dias depois, Botelho tratou de rebater, questionando a fidelidade de Pivetta ao grupo e o aconselhou a mudar de postura, caso queira, de fato, ser candidato ao Governo do Estado em 2026. Segundo ele, Pivetta deveria "sair do ar-condicionado" e "desentocar".
Nessa quarta-feira (6), questionado sobre o assunto, Pivetta tratou de colocar panos quentes na situação.
"Está tudo em paz, eu nunca citei nas minhas declarações, que foram poucas e muitos pontuais, no caso do segundo turno, não citei nome de ninguém. Expressei um sentimento que eu tinha naquele momento e pode ter mexido com alguém, mas não era minha intenção", destacou.
Pivetta esclareceu que vai fazer articulações para viabilizar seu projeto, porém, no momento certo, seguindo o exemplo de Mauro Mendes, por entender que se ficar ansioso com o processo eleitoral de 2026, pode acabar deixando prioridades em "segundo plano".
"Acho que estou no caminho certo, é isso que posso fazer, assim que gosto de trabalhar. As mudanças que as pessoas acham que eu tenho que fazer, muitas vezes não servem para mim como sugestão", pontuou.
"Eu acho que o importante em um governante é cumprir a sua função, independente do lugar que ele esteja, tenho meu jeito de pensar e trabalhar, já tive três mandatos de prefeito, ajudei a construir uma cidade, estou aqui ajudando o Mauro a governar 6 anos e procuro ser eficiente", concluiu Pivetta.