Cuiabá, 23 de Junho de 2025

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Política Domingo, 16 de Fevereiro de 2025, 23:32 - A | A

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2026 ESTÁ LOGO ALI

Otaviano, Wellington e Balbinotti: três candidatos a governador e uma lacuna

As articulações e especulações na política de Mato Grosso apontam que a extrema direita deve ter um candidato a governador; a centro-direita dois candidatos e a esquerda, se tirar o pé do chão, poderá ter um candidato a governador para chamar de seu.

Pedro Pinto de Oliveira
Pnb online

O quadro atual hoje na betpolítica das apostas livres aponta que há três candidatos a governador de Mato Grosso postos na arena das articulações para 2026, representando um amplo espaço do espectro político:

– O vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), candidato da situação;

– O senador Wellington Fagundes (PL), candidato do partido da extrema direita bolsonarista, que também se coloca como candidato da situação,

– E, correndo por fora, o empresário do agronegócio Odílio Balbinotti. Ele pode mudar de partido sem medo de deixar de ser um nome da extrema direita bolsonarista, caso Wellington não recue da candidatura ao governo. Balbinotti já esteve inclusive na Assembleia Legislativa cooptando apoios de deputados, colocando-se como um pré-candidato a governador.

E a candidatura da oposição? Esta candidatura da centro-esquerda democrática por enquanto é um rótulo sem um nome e sem uma organização dos partidos aliados. A história ensina: candidato de oposição de última hora em Mato Grosso é forte concorrente a ser o último colocado. Uma candidatura que nasce para perder. A oposição está arriscada a repetir o fiasco da eleição de 2022, onde Mauro Mendes nadou de braçada.

Voltemos às candidaturas postas e/ou sonhadas.

– O atual vice-governador Otaviano terá a caneta de governador, mas isso não é tudo, vide o exemplo da candidatura do deputado Eduardo Botelho à prefeitura de Cuiabá em 2024. Botelho tinha a caneta de presidente da Assembleia Legislativa; tinha o apoio da maioria dos deputados estaduais; tinha o apoio do governador Mauro Mendes, mas não teve votos sequer para ir para o segundo turno. Otaviano terá que juntar ao seu forte discurso de “fazimento” a (re) construção da sua imagem pública. Eleição nunca é só o que fez e fará, mas quem é, quem tem as qualidades pessoais que importam no julgamento do eleitor. Especialmente numa eleição que se anuncia ser muito disputada.

– O senador Wellington Fagundes (PL) entendeu rapidamente que uma candidatura a governador no meio do mandato é uma mão na roda para uma reeleição ao Senado. Deu certo em 2018, dando mais visibilidade para a sua candidatura à reeleição em 2022. Daí a sua insistência para ser candidato a governador: vai que cola e ganha, ou fica forte para a disputar um terceiro mandato de Senador da República. Fagundes conta com o apoio do todo-poderoso Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, mas de outro lado enfrenta a velha a desconfiança do bolsonarismo raiz.

– O empresário Odílio Balbinotti sonha ser candidato a governador de Mato Grosso, tem força financeira e recebe o impulso de parte das lideranças bolsonaristas. Neste cenário de sonhos, a extrema direita poderá ter de verdade um candidato para chamar de seu, sem as reservas que tem em relação a Wellington Fagundes. Para enfrentar a candidatura de Fagundes e a candidatura de Otaviano, o representante do agronegócio precisa fazer uma mudança urgente: Balbinotti terá que pular fora do PL, lançando-se candidato ao governo por outro partido que seja ligado à causa da extrema direita bolsonarista.

 

Um detalhe que pode fazer mudar este quadro de duas candidaturas postas e uma candidatura sonhada no espectro da extrema direita e da centro-direita: em 2026 teremos duas vagas de Senador em disputa, abrindo um leque maior de possibilidades de arranjos e acomodações.

Outro detalhe é que a disputa para presidente da República em 2026 terá uma grande influência no cenário estadual. Alguns dos fatores de influência, com toda a fluidez de um “se”:

– Se o presidente Lula for candidato à reeleição ou não, viabilizando ou não uma candidatura forte da oposição a governador;

– Se a Justiça permitir, num retrocesso legal, a volta ao páreo do ex-presidente Jair Bolsonaro ou se ele lançar um outro membro do Clã da Família Bolsonaro;

– Se surgir um nome novo na centro-direita ou, menos provável, um nome novo na centro-esquerda.

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