Cuiabá, 23 de Agosto de 2025

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Política Sábado, 16 de Agosto de 2025, 13:57 - A | A

Sábado, 16 de Agosto de 2025, 13h:57 - A | A

TARIFAÇO DE TRUMP

Nossa bomba atômica é a comida, diz Eraí Maggi sobre tensão com Estados Unidos

Megaempresário de MT, Eraí Maggi apoia parceria com Estados Unidos sem "humilhação" para brasileiros

Da Redação

O megaempresário Eraí Maggi Scheffer, sócio-proprietário do Grupo Bom Futuro e um dos maiores nomes do agronegócio em Mato Grosso, manifestou apoio à postura do presidente da República, Lula (PT), nas negociações com os Estados Unidos a respeito do tarifaço de 50% sobre exportações brasileiras. Para o sojicultor, o Brasil é uma potência global e tem como sua “bomba atômica” a produção de alimentos que abastece o mundo.

Nesta semana, Lula declarou que espera se encontrar com o presidente norte-americano, Donald Trump, para tratar do tema “como dois seres humanos civilizados”.

“Espero que algum dia eu possa encontrar com o presidente Donald Trump e conversar como dois seres humanos civilizados, dois chefes de Estado, como deve ser a relação", afirmou em entrevista à rádio BandNews FM.

Segundo o presidente, o governo brasileiro já havia tentado negociar desde maio, quando os Estados Unidos anunciaram tarifas de 10% sobre as exportações nacionais, mas não obteve retorno. Agora, com o tarifaço de 50%, Trump também fez críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando o processo como uma “execução política” e vinculando as sanções comerciais ao que chamou de “perseguição política”.

Embora admita não ser especialista em política internacional, Eraí Maggi defende a firmeza da posição adotada por Lula e diz que o país não pode “ficar de quatro” diante dos norte-americanos.

“Estou há 50 anos trabalhando neste estado, eu não tenho grande medo desses problemas, porque também nós temos que nos posicionar um pouco. O Brasil é gigante, o Brasil é forte, o Brasil tem a bomba atômica mais que eles [norte-americanos], que é a comida. Nós temos alimento, temos produção, exportamos mais que eles, vendemos mais que eles, nós temos mais produção para vender, nós somos muito produtivos. Nós fizemos medo nesses caras. Então, nós não temos que ficar de quatro para qualquer coisinha não, nós temos que ter um pouco de orgulho também”, declarou Eraí nesta quinta-feira (14), durante participação no Prosa e Agro, promovido pelo Itaú, em Cuiabá.

O empresário também ressaltou que é favorável a parcerias com os Estados Unidos, desde que não representem “humilhação” ao Brasil. Para ele, o tarifaço foi utilizado como forma de pressionar o Judiciário brasileiro.

“Eu defendo que assim não dá para ficar, o Brasil tem uma bomba atômica, maior que a deles, que é a comida. Nós temos alimentos, todo mundo precisa de alimentos. Eu acho ridículo essa negociação que está se colocando, debitando o tarifaço a esse problema judicial, eu acho que aqui quem resolve é o Judiciário. O Judiciário é independente, eu penso que nós não precisamos passar por essa humilhação. Eu gostaria muito de estar com os Estados Unidos, na parte de inteligência artificial, as tecnologias, tudo que os Estados Unidos mandam para cá são bacanas e eu gosto”, acrescentou.

Medidas de apoio

O governo federal anunciou um pacote de medidas para apoiar os setores produtivos atingidos pelo tarifaço. O plano prevê R$ 30 bilhões em crédito, a serem viabilizados por meio da medida provisória MP Brasil Soberano. Em Mato Grosso, os segmentos mais impactados são os da madeira e da carne.

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