O ministro Carlos Fávaro (PSD) acredita que só deixará o ministério da Agricultura em março do ano que vem, quando deve se desincompatibilizar do cargo para disputar à reeleição ao Senado. O ministro reconheceu que, desde que assumiu o Mapa, o governo federal é pressionado a trocá-lo. Nesta semana, os rumores voltaram a ganhar força em meio ao desgaste por causa da suspensão momentânea do Plano Safra, em razão da não aprovação do orçamento deste ano no Congresso. O governo, no entanto, editou medida provisória garantindo recursos para os financiamentos.
“Eu estou há 2 anos e 2 meses, 112 semanas, ministro. A cada semana sim, semana não: ‘ah, o Fávaro vai cair. Ah, porque isso, porque aquilo, porque aquele outro, Fávaro caiu. Ah, porque o Congresso quer o cargo do Fávaro’. Deixa eu lhe dizer, é um pouco disso, da minha tomada de decisão consciente, verdadeira, legítima em apoiar o presidente Lula num setor que eminentemente foi contra o presidente Lula. Eu, particularmente, eu sinto que assim, eu viro um troféu”, disse o ministro Carlos Fávaro, nesta sexta-feira (28), em entrevista ao programa Bom dia Cidade, da Rádio 104 FM de Rondonópolis.
Apesar de acreditar que segue no Mapa, Fávaro ponderou que a decisão cabe apenas ao presidente da República Lula (PT). Ele ressalta que segue fazendo seu trabalho com tranquilidade e entregando resultados. “Ampliamos muito as oportunidades para a pecuária brasileira. São 334 novos mercados abertos pelo mundo afora para os produtores venderem os seus produtos e gerarem renda aqui dentro do Brasil. Nunca na história houve tanto mercado aberto”, celebra.
O ministro que, recentemente, sofreu desgaste pela paralisação momentânea do Plano Safra, ressalta que houve ampliação também em relação a este tipo de financiamento, além de apoio à agricultura familiar. “Eu tenho certeza que na hora que o presidente precisar, ele vai pedir o cargo e eu vou entregar com muita satisfação e continuo dando suporte a ele no Congresso Nacional”, disse.