Às vésperas de assumir a presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), o deputado estadual Max Russi (PSB) reforçou ser contrário a implementação de câmeras de videomonitoramento na farda de policiais militares, reforçando que o governador Mauro Mendes (União Brasil) também rejeita a ideia. Atualmente, não há nenhum projeto em tramitação sobre a inclusão da medida, contudo, é um tema que não cai no esquecimento.
Questionado se daria prosseguimento ao debate na sua gestão, Max Russi destacou que a competência deve ser do Executivo, que aliás, não tem qualquer interesse de monitorar os PMs com câmeras corporais. Especialistas compreendem que o equipamento a violência policial, mas para o governador Mauro Mendes e outros políticos, a medida poderia resultar no "cerceamento" da atividade dos policias miliares, sob o argumento que eles não são os "bandidos" da situação , mas sim, o braço do Estado.
"Essa é uma decisão do Governo. O Governo já sinalizou bem claro que não tem interesse de fazer isso e a Assembleia não vai interferir. Alguns deputados de forma pontual, defendem isso, mas a Assembleia não deve interferir nesse trabalho. Tem que ser um decisão do Poder Executivo. É algo que tem que ser bem analisado. Não tem essa discussão dentro do parlamento, mas a princípio, sou contrário", manifestou.
A cada caso de violência policial flagrado no país, o debate se aquece novamente. Para Mauro Mendes , são apenas casos isolados, que não refletem a verdadeira imagem das Forças de Segurança. Recentemente, o chefe do Executivo até entrou em uma saia-justa com o Poder Judiciário do estado, ao dizer que juízes, desembargadores e membros do Ministério Público também deferia usar câmeras corporais para evitar ações irregulares no desempenho da função, o que inclui venda de senteças.