Com o novo modelo de cobrança de impostos, exclusivamente no destino final de consumo, o governador Mauro Mendes (União Brasil), avaliou que até 2033, quando a Reforma Tributária entrará em vigor, o estado de Mato Grosso precisará atrair investidores para evitar danos na capacidade de crescimento.
Diante da cobrança no ponto final, estados mais populosos levam grande vantagem de arrecadação. Enquanto, Mato Grosso, que tem apenas 3,3 milhões de habitantes, é um estado produtor e exportador, ou seja, sofrerá forte impacto. Atualmente Mauro tem investido anualmente cerca de 15% da receita líquida.
"Como enfrentar isso [Reforma Tributária]? Temos que nos preparar. Quando se investe em infraestrutura, você investe em competitividade e eficiência, reduz o custo e atrai mais investidores. Isso gera mais emprego e atrai mais gente, e aumenta o consumo. Assim começa a criar uma nova persepectiva. Temos que crescer, temos que melhorar nossa infraestrutura até lá", argumenta.
De acordo com levantamento da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz), o estado poderá deixar de arrecadar cerca de R$ 6 bilhões a R$ 7 bilhões anualmente, devido a Reforma, isso corresponde à perda de 20% e 25% da receita líquida. Diante deste cenário, a União pretende realizar uma compensação fiscal, mas para o governador Mauro Mendes, isso não vai suprir aquilo que Mato Grosso já tem feito.
"No início haverá um processo de compensação, que não compensará tudo aquilo que nós arrecadamos e muito menos vai nos manter nessa posição de crescimento que nós temos tido nos últimos anos. Poderemos sair da posição de uns que mais cresce e mais investe, e cair na linha da normalidade ou até de um decréscimo", emendou.