Presidente da CPI da CS Mobi, vereador Rafael Ranalli (PL), integrante da base aliada na Câmara de Cuiabá, se declarou “chateado” com as críticas do prefeito Abilio Brunini (PL) sobre a condução dos trabalhos. A comissão investiga o contrato da Parceria Público-Privada (PPP) de 30 anos entre a Prefeitura da Capital e a empresa que explora o estacionamento rotativo na área central da cidade.
Ocorre que Abilio declarou ter a sensação que a CPI não quer continuar investigando o contrato com a CS Mobi e que a postura de Ranalli e demais integrantes – Dilemário Alencar (União Brasil) e Maysa Leão (Republicanos) causa “estranheza”. Além disso, o prefeito se colocou à disposição para depor.
“Pessoalmente, eu podia falar que não. Porém, a hora que ele fala que causa estranheza, que tipo de estranheza? Eu sou um policial federal. Eu não faço nada aqui com duplo sentido ou com algum interesse escuso. Então, fiquei, sim, muito chateado, muito desagradável, até porque eu sou da base. Então, eu podia fazer tipo aqui, mas realmente desagradou a mim e vários vereadores. Eu recebi ligação de mais de 15 vereadores se solidarizando comigo”, declarou Ranalli, na manhã desta terça-feira (16).
Ranalli também acredita que o depoimento de Abilio não deve mudar nada no relatório da CPI, que deve ser concluído até 10 de outubro. Segundo ele, será apenas opiniões.
“Ele vai contribuir com opinião. Eu posso chamar qualquer cuiabano para dar uma opinião”, completou o vereador, lembrando que a CPI ouviu o depoimento do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (PSD), responsável por firmar o contrato com a CS Mobi, que deve ser indiciado por improbidade administrativa na conclusão dos trabalhos.
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