O deputado estadual, Júlio Campos não acredita que a alta aprovação de seu correligionário do União Brasil, governador Mauro Mendes, possa ser transferida em sua totalidade ao vice-governador, Otaviano Pivetta (Republicanos), que ensaia disputar o comando do Palácio Paiaguás ou a primeira-dama, Virginia Mendes, que pode concorrer à deputada, ambos nas eleições de 2026.
Em entrevista, Júlio Campos pontuou que além da necessidade de se ter bons aliados, a política demanda de "luz própria", ou seja, os candidatos precisarão apresentar outras qualidades para conseguir atrair apoio popular. Mauro Mendes detém aprovação de 70%, conforme dados da Real Big Data, divulgada no fim de novembro.
"Eu já fui governador, o prestígio do governador você não consegue fazer transferência de mais de 20%. Se o governador Mauro Mendes é avaliado com apoio de 75% da opinião pública, ele tem possibilidade de transferir seja para que for, para o vice, para sua mulher ou familiar, no máximo é 20% dos votos. Então, a candidatura tem que ser natural, o prestígio é próprio", disparou o deputado.
No mês passado, o experiente político e presidente de honra do MDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, também expôs uma opinião semelhante à de Júlio, pontuando que ser aprovado em pesquisas não garante sucesso a ninguém e que até o projeto de Mauro Mendes ao Senado precisaria passar por consolidação.
Assim, Júlio defendeu o projeto de seu irmão, senador Jayme Campos (União Brasil), ao Governo de Mato Grosso. Ele expôs que em pesquisas internas, o senador Wellington Fagundes (PL), tem ficado pouco à frente de Jayme e Pivetta: "Estamos praticamente com três candidatos em condição de empate técnico, vai valer daqui para frente quem tiver mais aliados e mais companheiros".
Júlio Campos rejeita a abertura de espaço para Pivetta, por entender que o partido tem capacidade de fazer o sucessor de Mauro Mendes. Desta forma, sustenta que cada partido lance seu candidato e somente no segundo turno ocorra as alianças. O impasse dentro do União Brasil, é porque o presidente estadual e governador, defende Pivetta como o mais preparado para "manter o estado nos trilhos".
"Temos bom relacionamento com o Pivetta, nada pessoal. Pelo contrário, nós defendemos ideologia partidária, o nosso partido tem o interesse em continuar no governo. Fizemos um bom trabalho nestes últimos 7 anos com o Mauro e queremos mais 4 anos com o Jayme. O vice é um nome forte, respeitado, mas é do Republicanos e então, cada partido procure os seus interesses. Nós queremos ter candidato próprio a governador, senador, deputados federais e estaduais", concluiu.
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