Cuiabá, 30 de Abril de 2025

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Política Sábado, 22 de Fevereiro de 2025, 23:04 - A | A

Sábado, 22 de Fevereiro de 2025, 23h:04 - A | A

SUSPENSÃO DO PLANO SAFRA

Carlos Fávaro descarta boicote, culpa o Congresso e detona bancada ruralista

Ministro da Agricultura afirmou que a não votação do Orçamento de 2025 acabou resultando na paralisação

Rdnews

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), descartou a existência de contingenciamento do Plano Safra 2024/2025 ou que esteja sofrendo boicote para ter sua imagem manchada, diante da suspensão do financiamento ao agronegócio brasileiro. Na avaliação do ministro, a responsabilidade é de total competência do Congresso Nacional, que ainda não votou o Orçamento de 2025 e, neste cenário, sobrou críticas à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA).

"Não é isso que mancha a minha imagem. Simplesmente, a gente tem que ter responsabilidade do orçamento público. E não é contenção de gastos porque o Governo não contingenciou nenhum real. O problema é que nós não temos Orçamento votado [...] Não se trata de boicote nem de contingenciamento", iniciou, em conversa com a imprensa nesta sexta-feira (21).

Fávaro citou que o país vive um momento de intolerância e tensionamento ideológico, onde se creditam falhas ao Governo sem que se seja de fato da sua alçada, como é o caso do orçamento. Para ele, além da conivência do Congresso, houve ausência da Frente Parlamentar da Agropecuária, que deveria defender o direito dos produtores e não gravar vídeos de ataque ao Governo petista - sinalizando a existência da contaminação ideológica. 

"Se o Congresso tivesse cumprido o seu compromisso de votar o Orçamento, nós não teríamos essa paralisação. A Frente Parlamentar da Agropecuária, que tem por obrigação, o constitucional dela, foi criada para defender os produtores rurais brasileiros, deveria estar muito mais preocupada [em defender o Plano Safra] e não estar fazendo videozinho crítico ao Governo. [Deveriam] ter votado o Orçamento e nós não teríamos a paralisação", disparou.

O anúncio feito pelo Tesouro Nacional, sem qualquer aviso prévio do Governo Federal, provocou a reação de inúmeras entidades ligadas setor produtor, que passaram a criticar o ministro mato-grossense por compreenderem que a decisão compromete não apenas a estabilidade financeira dos agricultores, mas também a segurança alimentar e econômica local e do país.

Fávaro reiterou que possui articulação junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) para antecipação de orçamento, sem que o Governo Lula cometa qualquer tipo de irresponsabilidade fiscal. Ele ainda justificou que a falta de aprovação do Congresso deixou o Executivo com apenas com 1/12 do Orçamento de 2024: "Não vamos só ficar fazendo jogo político na situação".

A suspensão dos financiamentos acontece em um momento em que produtores mato-grossenses estão entre a colheita da soja e plantação da safrinha de milho. Conforme os produtores, o impacto não se limita apenas ao campo, já que a falta de crédito pode refletir diretamente no abastecimento interno, influenciando o preço dos alimentos e pressionando a inflação.

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