Cuiabá, 12 de Setembro de 2024

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Política Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024, 08:29 - A | A

Segunda-feira, 12 de Agosto de 2024, 08h:29 - A | A

PASTAS PRECARIZADAS

Candidatos de Cuiabá revelam planos para Infraestrutura e Saúde

A Capital bateu o recorde com 20 operações na Saúde e virou assunto pelas ruas esburacadas

Midianews

Pastas precarizadas durante a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), a Infraestrutura e a Saúde prometem ser os maiores desafios do futuro gestor de Cuiabá. 

A Capital bateu o recorde com 20 operações policiais para investigar suspeitas de corrupção na Saúde durante o mandato de Emanuel. Os escândalos geraram uma intervenção do Estado na Secretaria Municipal durante dez meses. 

Na Infraestrutura, a falta de investimento para melhorar as ruas de Cuiabá é pauta entre a classe política. O vice-prefeito e secretário municipal de Obras, José Roberto Stopa (PV), inclusive, afirmou no ano passado que os problemas de excesso de buracos é consequência de problemas financeiros. 

Com esse cenário esperando o sucessor do Palácio Alencastro, o MidiaNews entrou em contato com os candidatos a prefeito Lúdio Cabral (PT), Eduardo Botelho (União), Abílio Brunini (PL), Ricardo Tomaz (PCO) e Domingos Kennedy (MDB) e encaminhou duas perguntas sobre os planos de governo para as pastas.

Infraestrutura - Como avalia a questão de infraestrutura e manutenção de Cuiabá, incluindo buracos nas vias, falta de calçamento e limpeza urbana? Qual a proposta para resolver esses problemas, a curto prazo, caso seja eleito?

Botelho: Eu já anunciei que vou asfaltar 100% dos bairros em Cuiabá. Depois até vi meus concorrentes copiando a nossa proposta. Também vou realizar um grande programa de recuperação da malha viária da capital, que está velha, que também foi muito prejudicada com obras mal feitas na cidade. Para fazer isso, com uma prefeitura quebrada como está, precisamos de parcerias. 

O governador Mauro Mendes (União) já tem feito investimentos na parte de infraestrutura na cidade, mas também já se colocou à disposição para nos ajudar nesta área. Além disso, vou buscar os recursos de emendas dos deputados estaduais, federais e senadores. Vamos precisar desta união para poder melhorar a cidade. 

Nestes projetos vão estar incluídas também as reformas das calçadas. Com relação à limpeza urbana, é inadmissível que a cidade fique suja.  

Lúdio: O que proponho são duas linhas de ação: a primeira é de operação emergencial no mapeamento e recuperação da infraestrutura dos bairros. Faremos, de imediato, mutirões de ação integrada de tapa buracos e limpeza urbana, buscando normalizar os serviços com regularidade e eficiência. 

A segunda é de fiscalização dos contratos feitos na atual gestão e que não resultaram em serviços entregues com a qualidade exigida. Tapa buracos é uma operação para atender a infraestrutura da cidade e não para enriquecer empreiteiras de família de político. 

Outro ponto é a questão do asfaltamento da malha urbana de Cuiabá. Em quatro anos de gestão vamos asfaltar 300 quilômetros de ruas.  E está bem claro: o compromisso público de parceria que o governador fizer, nesta campanha, para investir em asfalto é com Cuiabá. Eu acredito que ele vai cumprir a palavra dele dada aos cuiabanos seja qual for o candidato que se eleger prefeito. 

Abílio: Primeiro, é cobrar a execução dos contratos das empresas licitadas, que são valores elevados e execução de baixa qualidade. Pelos valores pagos a estas empresas, mais de R$ 100 milhões de reais, Cuiabá deveria ter o melhor asfalto do Brasil.

Só recentemente já se falou de R$ 15 milhões de reais para tapa-buracos e já identificamos mais de R$ 8 milhões já pagos, já teria como ter tampado mais de 100 mil buracos em Cuiabá. Calçamento é um problema crônico e precisa de um enfrentamento da prefeitura, nós estamos apresentando uma proposta pra isso no nosso plano de governo. 

A limpeza urbana é outro problema que precisamos enfrentar as empresas, pois no portal da transparência identificamos contratos sem licitação no valor de até R$ 20 milhões para este fim, e olha a situação que a cidade se encontra. Nós vamos cobrar que os contratos sejam cumpridos, vamos auditar para verificar se são executados. 

Ricardo: Cuiabá assim como as demais capitais e cidades do país está num processo de falência generalizada em virtude da política neoliberal. Os banqueiros são verdadeiros parasitas que drenam todos os recursos públicos, o golpe de 2016 garantiu a esses verdadeiros criminosos o teto de gastos e a independência do Banco Central que impõe miséria à população brasileira.

 A realidade nas cidades não é diferente, todo o dinheiro que falta para investir em infraestrutura está nos cofres dos bancos. É preciso romper com essa política, para isso é preciso derrotar o que restou do golpe, as eleições municipais não mudarão o rumo dos acontecimentos. O PCO não tem ilusão neste processo de cartas marcadas, onde ganham as eleições os que recebem muito dinheiro dos capitalistas. 

Os bancos devem ser estatizados e colocados a serviço do desenvolvimento da sociedade e financiar um extraordinário projeto de obras públicas. Um verdadeiro investimento em saneamento, mobilidade urbana, moradia, energia elétrica, entre outros setores deficitários também resulta em empregos e combate a miséria.

Saúde - Como classifica a situação da Saúde, considerando o atendimento, a disponibilidade de medicamentos e as suspeitas de esquemas de corrupção que resultaram em operações policiais no setor? 

Botelho: Eu digo sempre, quem tem dor não pode esperar. Logo no começo, vou contratar mais médicos e remédios para garantir que não faltem mais estes profissionais nas unidades de saúde e nem mesmo medicamentos para a população. As pessoas precisam ir para as unidades de saúde sabendo que vão ter médicos, que serão atendidas, e que terão os remédios à disposição delas. 

Outro ponto é que pretendo realizar uma auditoria em todos os contratos, que passarão por uma revisão. Até porque as operações que tiveram a prefeitura como alvo estão relacionadas à superfaturamento e fraude nas licitações. Mas além desta auditoria imediata, quero manter uma equipe de auditoria permanente para garantir a eficiência no gasto público e também a fiscalização dos contratos. 

Lúdio: Sou médico, servidor da saúde pública há 27 anos. Estou pronto para liderar um grande projeto de recuperação da saúde em Cuiabá. A saúde é o maior problema hoje, segundo a avaliação da própria população. O procedimento é de total transparência, examinando cada centavo gasto na saúde: o que for caso de polícia será encaminhado às autoridades responsáveis. 

O eixo de ação na saúde será colocar a atenção básica como prioridade; reabrir as policlínicas fechadas, e fortalecer a parceria com o governo federal para os investimentos no Programa de Saúde da Família, com ampliação do número de equipes, e ampliar também o Mais Médicos e o Farmácia Popular. 

Abílio: Sobre a saúde, é o maior caos na história de Cuiabá, um problema grave que se arrasta desde 2015. De 2019 em diante os escândalos de corrupção se agravaram. Isso resulta em péssimo serviço para população, falta de medicamentos e falta de profissionais.

Precisamos restabelecer os serviços, contratar pessoas qualificadas e comprar os medicamentos necessários, auditar os contratos e com a Dra. Lúcia Helena Sampaio coordenando este processo, vamos revolucionar a saúde de Cuiabá, executando as boas propostas que estão em nosso plano de governo. 

Ricardo: O PCO defende a estatização de todos os setores da saúde, os serviços médicos deve ser um direito e não uma mercadoria. Assim como o sistema financeiro, defendemos a estatização de todo o setor de petróleo e de reservas minerais, que esses recursos sejam direcionados para a área da saúde, da educação, etc.

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