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Política Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2024, 14:16 - A | A

Terça-feira, 27 de Fevereiro de 2024, 14h:16 - A | A

Suspeita de corrupção

Câmara de Diamantino abre processo que pode cassar prefeito

Prefeito foi gravado recebendo dinheiro de empresário que prestava serviços no Município

A Câmara de Diamantino criou, na noite desta segunda-feira (27), uma comissão processante para analisar a suposta quebra de decoro do prefeito Manoel Loureiro Neto (MDB), acusado de receber propina. O procedimento pode levar à cassação do emedebista. 

Em agosto do ano passado, vídeos de Manoel contando dinheiro que seria proveniente de propina vieram à tona.  

A comissão foi criada após o Legislativo aceitar, por cinco votos a quatro, a denúncia de cidadã diamantinense Maria de Fatima Simonini Molina contra o prefeito no dia 5 de fevereiro.  

Na denúncia, a mulher apontou que as acusações feitas contra o prefeito são “graves e não merecem passar impune”.

O prefeito foi alvo de busca e apreensão em agosto passado, durante operação do Naco (Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), ambos ligados ao Ministério Público do Estado (MPE). 

Durante a sessão foram sorteados os nomes e funções dos membros da comissão. São eles: Michele Carrasco (União), como relatora; Alfredo Keller (PSD), presidente; e José Carlos David (PDT), será membro. 

Uma tentativa de abertura de comissão processante já havia sido rejeitada pelos vereadores em agosto do ano passado. 

Entenda o caso 

Conforme as investigações do MPE, por diversas vezes, valendo-se do cargo de prefeito, Manoel teria exigido pagamentos de propina do empresário Alessandro Souza de Carvalho, da construtora Monte Alto Ltda, como condição para a autorização e liberação dos valores devidos pelo Município. 

O empresário afirmou às autoridades que os valores exigidos eram entregues em espécie ao prefeito ou ao seu motorista, Fernando Tenório, “pessoa de confiança do prefeito que ficava encarregado de arrecadar a propina na ausência do seu chefe”. 

Alessandro destacou que as exigências se agravaram em meados de 2022, quando o prefeito teria insinuado que os procedimentos licitatórios vencidos pela empresa continham irregularidades. 

Para corroborar suas declarações, ele apresentou ao MPE conversas extraídas do aplicativo de mensagens WhatsApp; arquivos de áudios em que são ajustados dias e horários para o recebimento dos montantes exigidos; vídeo em que o prefeito confere o dinheiro e vídeo em que uma quantia é entregue nas mãos de Fernando Tenório, que se compromete a repassar ao prefeito.

Veja vídeo divulgado à época:

 

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