Cuiabá, 11 de Fevereiro de 2025

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Política Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025, 07:25 - A | A

Quinta-feira, 30 de Janeiro de 2025, 07h:25 - A | A

EDUCAÇÃO EM CUIABÁ

CADs fazem ato na Praça Alencastro; em resposta, Abilio garante mesmo salário e contratação até segunda

Ano letivo na rede pública se inicia no dia 03; prefeito diz que cobrará agilidade de terceirizada

Rdnews

Cuidadores de Alunos com Deficiência (CADs) do município de Cuiabá fizeram um ato em frente ao Palácio Alencastro, na tarde desta quarta-feira (29) para pressionar o prefeito Abilio Brunni (PL) a respeito de uma suposta redução salarial e corte de benefícios após o rompimento contratual com a Conviva e a contratação da empresa Terceirize Mais Costa Oeste. A situação tem preocupado também mães de crianças  com deficiência ou transtorno do espectro autista (TEA), uma vez que as aulas na rede pública retornam na próxima segunda-feira (03) em meio a incertezas.

Anteriormente, os CADs recebiam R$ 1,6 mil mais benefícios por 40 horas trabalhadas e R$ 1,2 mil por uma jornada de 30 horas de trabalho. Segundo Abilio, os valores se mantêm os mesmos no atual contrato e a dúvida gerada na categoria decorreu da publicação do contrato emergencial na Gazeta Municipal, que continha apenas apenas a remuneração referente à carga horária de 30 horas. Além disso, os CADs pontuam que temem o desemprego, uma vez que a nova empresa contratada não teria feito a convocação dos profissionais até o momento.

À reportagem, Rayara Evelyn de Almeida, que trabalha há dois anos como CAD para a Prefeitura, disse que seu maior medo é ficar desempregada. Além disso, destacou que a redução da carga horária impacta - e muito -no salário dos profissionais.

“A nossa situação é a seguinte: a empresa foi contratada agora, a Centro-Oeste. Então, nós estamos reivindicando o salário, porque o salário abaixou muito pra nós, que fazíamos 40 horas e agora passou pra 30 horas”, destacou a CAD, que ainda disse não sentir garantia de que será empregada.

Outro ponto apresentado por Rayara foi o fato de que muitos alunos com deficiência possuem apego por determinados CADs e que a separação dos profissionais pode impactar na saúde dos estudantes. “Eu cuido de uma menina. A mãe até preferia que fosse eu, por ela ter paralisia cerebral e eu já conhecer os procedimentos dela. Mas, no caso, a gente não sabe como que vai ser até a decisão da empresa, porque até agora não fomos chamadas”, afirmou.

Reunião em praça

Na tarde de hoje, Abilio se reuniu com os CADs na Praça Alencastro e garantiu que os profissionais que atuavam no município em 2024 serão convocados até a próxima segunda, assegurando que cobrará o prazo da empresa. "Eles [Costa Oeste] têm o compromisso comigo que é: dia 03 o cuidador [deve] estar na escola", prometeu.

“Os cuidadores são o mesmo, eles vão receber os mesmos valores, os mesmos benefícios, vai receber a mesma coisa que tinha antes e o Município vai gastar menos com a empresa para prestar esse serviço”, disse o gestor municipal, salientando que o número de profissionais empregados também irá aumentar.

"O contrato anterior era para 900, quase mil cuidadores, e o novo contrato é para 1,7 mil", completou.

Cursos de capacitação

Outra questão que afligiu os CADs foi a especulação de que os trabalhadores seriam obrigados e possuir uma formação específica na área para serem chamadas. Sobre essa questão, Abilio disse que não queria “generalizar”, mas que muitos cuidadores não possuem uma formação e que, ao longo deste ano, serão ofertados cursos de capacitação.

“Mas não só para o cuidador. Nós queremos fazer o curso de capacitação para toda a sociedade, o pai, a mãe, os seus amigos, o professor, o coordenador da escola, o diretor, também tem que fazer um curso de capacitação para lidar com a criança com deficiência dentro da escola”, explicou o prefeito.

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