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Política Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025, 10:17 - A | A

Sexta-feira, 15 de Agosto de 2025, 10h:17 - A | A

AJUDA AOS EXPORTADORES

Blairo Maggi elogia crédito de R$ 30 bilhões do governo Lula, mas vê necessidade de novas ações

Blairo Maggi ainda defendeu que o Brasil busque fortalecer parcerias e projetou abertura de novos mercados para produtos brasileiros com a China

Da Redação

O ex-governador, ex-senador e ex-ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP), um dos principais empresários do agronegócio brasileiro, classificou como um acerto do presidente Lula (PT) a liberação de R$ 30 bilhões em crédito para apoiar exportadores impactados pela tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros.

A medida, no entanto, divide opiniões. Lideranças como o governador Mauro Mendes (União Brasil) e o vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) consideram a ação ineficaz. Maggi também ponderou que o montante não resolve totalmente o problema, mas ressaltou que o apoio federal é fundamental para proteger empregos num momento de tensão comercial.

"Bom, eu não sei se é o suficiente, mas o governo se mexe na hora certa, né? Porque muitas empresas, que sejam médias, grandes, pequenas, têm uma dificuldade enorme de pagar esse imposto. Aliás, fica inviável, né? Então, o governo vê o socorro deles, das empresas que, em último caso, é o socorro dos empregos que estão aí em jogo, né? Eu acho que o governo age certo. O governo tem que agir na hora de dificuldade mesmo", afirmou Maggi, nesta quinta-feira (14), durante participação no evento Prosa e Agro, promovido pelo Itaú, em Cuiabá.

Além de apoiar a medida emergencial, Maggi defendeu que o Brasil amplie parcerias comerciais, citando a China como principal mercado a ser fortalecido. Ao comentar sobre a decisão de Trump, que vinculou questões políticas e comerciais, o ex-governador destacou que, do ponto de vista econômico, os Estados Unidos vendem mais ao Brasil do que compram, e que a imposição tarifária tem motivações predominantemente políticas.

"Eu acho que é mais política do que econômica. Quando a gente lê, escuta o que está acontecendo, é claro que o presidente Trump toma uma posição contra o Brasil em função das questões políticas, da amizade que ele tem pelo Bolsonaro, de certa forma ignorando a nossa legislação, a independência dos nossos poderes. Para mim é bastante político. Não justificaria o Brasil estar em uma tarifa de 50%. Deveríamos estar dentro daquelas outras que ele colocou como penalidades para o mundo inteiro, 10%, 20%, mas 50% é bastante exagerado", completou.

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