Até sete secretários que compõe o governo Mauro Mendes (União) podem deixar seus respectivos cargos para se dedicarem à disputa eleitoral por vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), de acordo com informações de bastidores obtidas pelo PNB Online.
No caso dos secretários, todos deverão se desincompatibilizar em abril de 2026, seis meses antes das eleições. Este mesmo movimento deve ser feito pelo governador Mauro Mendes (União), que deve se candidatar ao Senado pelo União Brasil.
Candidaturas à Câmara dos Deputados
O candidato mais óbvio, por enquanto, é o preferido de Mauro Mendes, o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia (União). Fabinho, como é conhecido, é bem visto pelo trabalho de articulação de governo ao substituir o empresário Mauro Carvalho.
Fábio Garcia, filho do empreiteiro Berinho Garcia, deve disputar novamente uma vaga na Câmara, posição que ocupou ao ser eleito em 2014. Após sua primeira legislatura, Fabinho desistiu da reeleição em 2018 para ser primeiro suplente do senador Jayme Campos (União). Depois de ser eleito deputado federal novamente em 2022, como o mais votado do estado, Fabinho se licenciou do mandato para assumir o cargo de secretário-chefe da Casa Civil em julho de 2023.
Quem também pode disputar uma cadeira no Congresso é o secretário de Segurança Pública, Coronel César Roveri. O militar pode seguir o mesmo caminho de Coronel Assis, que também aproveitou o boom de candidaturas militares e bolsonaristas para se lançar candidato. Ao contrário de Assis, Roveri é muito mais criticado no meio militar e fora dele em razão de dados negativos na segurança pública.
Quem também pode disputar uma cadeira no Congresso é o secretário de Segurança Pública, Coronel César Roveri. O militar pode seguir o mesmo caminho de Coronel Assis, que também aproveitou o boom de candidaturas militares e bolsonaristas para se lançar candidato. Ao contrário de Assis, Roveri é muito mais criticado no meio militar e fora dele em razão de dados negativos na segurança pública.
O presidente da Mato Grosso Participações, Wener Santos, também deve tentar uma cadeira na Assembleia disputando pelo Partido Progressista. O irmão do ex-senador Cidinho Santos pode alardear os inúmeros projetos da MT Par como realizações suas para a população. Alan Kardec, secretário de Ciência e Tecnologia, também deve buscar uma vitória nas urnas. Ele abriu a possibilidade de se filiar ao Republicanos e deixar o PSB.
Outro que deve disputar é Suelme Evangelista, que atua como diretor presidente da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer). Apesar de rejeitado pelos servidores da Empaer por conta da adoção de uma política de desestruturação da empresa, Evangelista pode se fortalecer com o apoio da primeira-dama Virginia Mendes, a quem ele frequentemente cobre de elogios publicamente.
Incertezas políticas geradas por Otaviano
O secretariado de Mauro Mendes, os “Mauro Boys”, deve partir para a disputa em meio a um cenário de incertezas na política local em razão de Otaviano Pivetta (Republicanos) assumir como governador. Em declaração recente, Otaviano falou sobre o interesse em mudar o governo ao assumir, admitindo que o governo estaria “velho”. Mais tarde, o vice-governador negou a declaração e disse que foi mal interpretado.
Muitos dos atuais secretários temem que o vice-governador não coloque no cargo seus aliados, retirando o poder e influência nas secretarias. Essa decisão seria uma espécie de golpe de morte em praticamente todas as candidaturas. Sem apoio das estruturas, os candidatos do governo Mauro não teriam força para disputar com os atuais deputados que vão à reeleição e com nomes emergentes da política.