O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) rebateu os ambulantes que estão criticando a medida da prefeitura de colocar fim à venda de produtos nas calçadas da Capital.
No início da semana a Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp), deu início à organização do comércio ambulante na região central, com a notificação de cerca de 120 comerciantes.
Com isso, ficou definido que os vendedores ambulantes que atuam irregularmente serão transferidos temporariamente para o Shopping Orla, no bairro do Porto. No entanto, o local não foi de agrado da maioria dos vendedores.
“O presidente dos ambulantes falou que eles já foram para o Shopping Orla, depois eles voltaram, então isso demonstra que a política de ficar dando benefício para eles não é uma política que resolve, porque o desejo deles mesmo é ficar no fluxo da calçada onde tem a melhor movimentação das pessoas. Às vezes, dá para até pensar que eles não querem outro benefício”, afirmou à imprensa.
Abilio relatou que uma das reclamações seria a respeito da estrutura do local, que não seria adequada para agregar os ambulantes que seriam transferidos para o Shopping Orla.
No entanto, o prefeito rebateu, alegando que o local era muito mais adequado para a venda do que as calçadas do Centro da cidade.
“Eu fico perguntando qual é a estrutura que tem na calçada? Na mesinha móvel que a pessoa arma e desarma todos os dias?”, questionou.
“A gente está oferecendo o Shopping Orla, um lugar que tenha estrutura, tem a banca fechada, onde a pessoa pode trancar os seus produtos lá dentro com segurança, onde a gente tem uma cobertura, onde a tem toda uma infraestrutura. Acontece que lá não tem um fluxo da calçada, mas a calçada ela tem que ser respeitada com passeio público e com todos os seus direitos”, disse.
A permissão no Shopping Orla terá duração de três meses, período em que os ambulantes deverão apresentar um plano de negócios. Os ambulantes serão retirados, primeiramente, das caçadas da Avenida 13 de Junho e Isaac Póvoas.
Os ambulantes terão 30 dias para sair dos locais. Apesar de afirmar que não haverá confronto, Abilio prometeu fiscalização na área.
“Nós não vamos entrar em uma política de confronto, contudo nós teremos a Polícia Militar com a Ordem Pública e todo o apoio necessário para que a gente possa garantir o estabelecimento da ordem nas calçadas”, afirmou.
“Também não serão permitidos comerciantes colocarem nas calçadas manequins e outros produtos. Calçada não vai servir nem para comerciantes usarem para seus produtos e nem para os ambulantes usarem seus produtos”.
