O tenente-coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, Alexandre José Dal Acqua, foi preso nesta segunda-feira (8), após se apresentar na 11ª Vara Especializada da Justiça Militar, em Cuiabá. O oficial é acusado de estupro e tentativa de estupro contra mulheres em Juína (a 735 km da Capital).
Dal Acqua já havia sido exonerado do comando do 8º Comando Regional de Juína em agosto, após abertura de investigação pela Corregedoria da Polícia Militar. Ele permanece custodiado em uma unidade militar de Cuiabá, à disposição da Justiça.
Em nota, a corporação informou que “a Corregedoria-Geral da instituição continua o trabalho de diligências investigativas para elucidação do caso e o inquérito tramita sob sigilo, por se tratar de denúncia de violência sexual contra mulheres, em resguardo às vítimas”.
A PM também ressaltou que “acompanha o caso na cidade e disponibiliza auxílio emocional e psicológico às vítimas e familiares, além de reiterar que não coaduna com nenhum tipo de crime ou atividade ilícita por parte de seus integrantes”.
Denúncias
As acusações contra o oficial começaram em abril deste ano, registradas pelo sistema Fala, Cidadão. Uma das denúncias aponta que ele teria estuprado uma estagiária durante a solenidade de passagem de comando em Juína, no dia 19 de fevereiro de 2024.
Ainda conforme o relato, após o episódio, Dal Acqua teria continuado a assediar a vítima dentro do quartel. Em setembro de 2024, o militar teria a puxado pelo braço e exigido que ela saísse com ele, sendo contido por outros policiais.
O inquérito também reúne outras denúncias: de uma policial civil do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), de uma servidora da Prefeitura de Juína e de moradoras do município de Aripuanã (a 1.197 km de Cuiabá), área de abrangência do comando antes chefiado por Dal Acqua.
Nota oficial da PMMT
A Polícia Militar de Mato Grosso confirmou a apresentação do oficial nesta segunda-feira (8.9) e reiterou que ele está custodiado em uma unidade militar, à disposição da Justiça. A instituição reforçou que o inquérito segue sob sigilo e que as vítimas e seus familiares recebem apoio emocional e psicológico.
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