Em meio às repercussões da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 120 mortos e se tornou a mais letal da história do estado, o secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, coronel César Roveri, defendeu a ação e afirmou que as forças de segurança agiram em um “verdadeiro estado de guerra”. Além disso, afirmou que os policiais de Mato Grosso estão a disposição do Rio de Janeiro e que isso já foi informado ao governador Cláudio Castro (PL).
“A operação eu tenho certeza que foi bem planejada, porque lá foi confronto, praticamente estava um estado de guerra. Nós vimos drones atacando agentes de segurança pública. Nós temos fuzis, metralhadoras de guerra no Rio de Janeiro. Não é simples você entrar numa favela, numa mata, e fazer realmente esse trabalho”, afirmou durante entrevista nesta terça-feira (29).
O secretário ainda revelou que policiais da inteligência de Mato Grosso estão colaborando com as forças de segurança do Rio, e que o estado está preparado para oferecer apoio operacional caso seja solicitado.
“Nós temos policiais da inteligência de Mato Grosso ajudando o Rio de Janeiro. O governador Mauro Mendes ligou para o governador do Rio de Janeiro e colocou à disposição as nossas forças especiais, se for necessário, a Polícia Judiciária Civil, o nosso GOE [Gerência de Operações Especiais], o CORE [Coordenação de Recursos Especiais] , o Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar [Bope]. Mato Grosso está pronto para ajudar o Rio de Janeiro, ou qualquer estado que precisar”, destacou.
Questionado sobre a presença de policiais recém-formados na linha de frente da operação, o secretário minimizou as críticas e defendeu o preparo das forças fluminenses.
“Policial recém-formado passa por um curso de formação e treinamento. No Rio, eles são preparados para a realidade deles, assim como nós preparamos os nossos para a realidade daqui. Não tenho dúvida que esse policial estava treinado, senão ele não teria sido escalado para a operação”, completou.
A operação no Rio de Janeiro tem gerado reações divididas em todo o país, com parte da população elogiando a resposta ao avanço do Comando Vermelho e outra criticando o elevado número de mortes.
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