O procurador Luiz Eduardo Figueiredo Rocha e Silva, que matou com um tiro na testa o morador de rua Ney Muller Alves Pereira, de 42 anos, foi indiciado na manhã desta terça-feira (15) por homicídio qualificado.
Em entrevista ao MidiaNews, o delegado Edison Pick, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, citou as qualificadoras atribuídas ao crime.
“Ele foi indiciado na manhã de hoje pelo crime de homicídio qualificado, pelo motivo fútil, e três vezes no inciso 4, ou seja, pela traição, emboscada e por meio que dificultou a defesa da vítima”, explicou o delegado.
Segundo Pick, o inquérito policial tem prazo de conclusão até esta quinta-feira (15). “Estamos terminando de ouvir as pessoas. Já foram coletadas todas as imagens, que vão ser carregadas nos autos”, afirmou.
A dinâmica
Ney foi morto na noite de quarta-feira (9), na Avenida Edgar Vieira, em Cuiabá.
Em depoimento, o procurador afirmou que pouco antes de cometer o homicídio, ele estava no estacionamento do Posto Matrix jantando com a sua família.
Nesse momento, Ney começou a depredar alguns veículos que estavam estacionados, inclusive a Land Rover do procurador.
Depois de verificar o dano, Luiz Eduardo voltou a jantar com a família e, logo em seguida, os levou para casa. Foi na volta, quando ele alegou ter ido a um posto policial para denunciar o dano, que atirou na vítima, que estava na calçada.
Conforme o delegado, o motivo fútil foi caracterizado pelo fato de a vítima ter sido morta em razão do dano causado ao carro.
“A traição, ele atrai o Ney e embosca, quando verbaliza e chama o Ney. Ele simulou aquela situação de traição e emboscada e não deu chance de defesa para a vítima. No momento que ele chama, ele já saca a arma e executa o tiro”, finalizou.