A Polícia Federal e o Ministério Público Federal em Mato Grosso (MPF/MT) deflagraram nesta quarta-feira (30) a Operação Bilanz, que tem como foco esclarecer possíveis irregularidades envolvendo a Unimed Cuiabá, no quadriênio 2019-2023, durante a gestão Rubens de Oliveira. Ele e o ex-CEO Eroaldo Oliveira estão entre os alvos da ação. Atualmente, cooperativa é administrada pelo médico urologista Carlos Bouret, que realizou auditoria que revelou o rombo na Unimed Cuiabá.
Segundo o MPF, estão sendo apurados os crimes de falsidade ideológica, estelionato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Os agentes cumprem seis mandados de prisão temporária contra ex-administradores e prepostos da entidade. Além disso, também são cumpridas ordens de busca e apreensão, afastamento de sigilos telemático, financeiro e fiscal, além do sequestro de bens dos investigados.
As diligências estão sendo cautelosamente executadas pela Polícia Federal nos estados de Mato Grosso e Minas Gerais.
Conforme o MPF, a investigação identificou indícios de práticas ilícitas relacionadas à gestão financeira e administrativa da entidade, incluindo a apresentação de documentos com graves irregularidades contábeis à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que ocultaram um déficit de cerca de R$ 400 milhões no balanço patrimonial da entidade em 2022.
O MPF e a Polícia Federal reafirmam seu compromisso com o combate à criminalidade econômico-organizada e a promoção da integridade na administração de operadoras de saúde. As autoridades manterão o público informado sobre os desdobramentos da operação, respeitando os limites legais de divulgação.
O nome da Operação Bilanz, termo em inglês, significa balanço patrimonial, fazendo alusão às fraudes contábeis e documentais que a gestão da Cooperativa realizou durante a gestão de 2019-2023.
Caso
Uma auditoria realizada pela atual gestão revelou que o ex-presidente da Unimed Cuiabá, Rubens de Oliveira, que presidiu a Unimed Cuiabá por sete anos seria o responsável pela fraude fiscal de aproximadamente R$ 400 milhões na Unimed Cuiabá.
O rombo teria ocorrido em 2022 durante a gestão do ex-presidente Rubens, do ex-CEO Eroaldo Oliveira e do ex-presidente do Conselho de Administração, João Bosco de Almeida Duarte. E desde setembro de 2023, Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou regime de direção fiscal na operadora Unimed Cuiabá Cooperativa de Trabalho Médico.