Cuiabá, 16 de Setembro de 2025

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Polícia Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025, 08:42 - A | A

Segunda-feira, 15 de Setembro de 2025, 08h:42 - A | A

FURTO DE ENERGIA

Operação Energia Limpa: prisões por furto de energia mais que dobram em Mato Grosso em 2025

Da Redação

Nos primeiros oito meses de 2025, a Operação Energia Limpa registrou um salto expressivo no combate ao furto de energia em Mato Grosso: foram 73 pessoas presas até agosto, contra 34 no mesmo período de 2024, um aumento de 114%.

O resultado é fruto da atuação conjunta entre a concessionária Energisa, a Polícia Civil e a Politec, que vêm intensificando fiscalizações e operações em todo o Estado. Segundo o gerente de combate a perdas da Energisa Mato Grosso, Luciano Lima, cerca de 70% dos presos são donos de mercados de bairro ou revendas de bebidas, setores considerados de maior risco de irregularidades.

“Esse é um recado claro: furto de energia não compensa. Trata-se de crime previsto no artigo 155 do Código Penal e pode resultar em até quatro anos de prisão”, reforçou Lima.

Prisão em Itanhangá

O caso mais recente ocorreu na última quarta-feira (10), no município de Itanhangá (a 493 km de Cuiabá). Dois irmãos, proprietários de um mercado local, foram flagrados após peritos identificarem violações em dois medidores de energia elétrica instalados em apartamentos. De acordo com o laudo, fios de cobre soldados diretamente na placa eram usados para fraudar o consumo. Ambos foram presos em flagrante e levados à Delegacia de Tapurah.

O delegado titular da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, Sylvio do Vale Ferreira Júnior, destacou que a prática vai além da questão financeira.
“O furto de energia não é apenas um crime patrimonial, mas também um risco à vida. Ligações clandestinas podem causar curtos-circuitos, incêndios e acidentes fatais. A integração entre concessionária e forças de segurança tem mostrado resultados e continuará firme para responsabilizar os envolvidos”, afirmou.

Impacto nacional

O problema não se restringe a Mato Grosso. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em 2024 o furto de energia — também chamado de “gato” — gerou prejuízo de R$ 10,3 bilhões no Brasil. O crime é mais comum no mercado de baixa tensão, que inclui residências, pequenos comércios e indústrias de menor porte.

Além das perdas financeiras, a prática sobrecarrega a rede elétrica e compromete o fornecimento para os consumidores regulares. Dados da Aneel apontam que, em 2024, foram registradas 88.870 interrupções no fornecimento ligadas a furtos de energia, cada uma com duração média de 8,64 horas.

A dimensão do problema também aparece nas estatísticas de segurança: levantamento da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) revelou que, apenas em 2024, 45 pessoas morreram e 69 ficaram feridas em acidentes causados por ligações clandestinas.

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