Duas mulheres apontadas como líderes de uma facção criminosa que atua em (Sorriso, Mato Grosso) foram capturadas no último domingo, 03 de agosto dentro de um shopping em (Jacarepaguá, no Rio de Janeiro). As prisões foram resultado de uma operação coordenada entre a (Gerência de Combate ao Crime Organizado – GCCO), a (Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado – Draco), ambas da Polícia Civil de Mato Grosso, com o apoio da (12ª Delegacia de Polícia de Copacabana).
As detidas foram identificadas como Priscila Moreira Janis, conhecida como “Mana Isa”, e Ingride Fontinelles Morais, conhecida como “Mulher do Bruchudo”. De acordo com as autoridades, ambas estavam foragidas há quase dois anos, vivendo em comunidades do Rio de Janeiro, enquanto continuavam a comandar atividades criminosas à distância em Mato Grosso.
Ingride foi presa pelos crimes de organização criminosa e tráfico de drogas, enquanto Priscila responde por organização criminosa e homicídio. Mesmo fora do estado, as duas seguiam dando ordens e executando ações da facção em território mato-grossense.
Segundo a investigação, Priscila assumiu, desde 2022, o comando da facção dominante em (Sorriso). Seu perfil, descrito pela polícia como "extremamente violento", provocou descontentamento entre membros da própria organização. A crescente quantidade de “salves” e “decretos” de mortes levou à cisão interna e ao surgimento de uma facção rival. Essa disputa provocou uma série de homicídios no município, ligados ao conflito entre os dois grupos.
O delegado Gustavo Belão, titular da GCCO, destacou a importância da cooperação entre os estados para a repressão do crime organizado. “A parceria da GCCO e Draco com a Polícia Civil do Rio de Janeiro fortalece e reafirma o compromisso das instituições no enfrentamento às facções criminosas e a recaptura das lideranças de Mato Grosso, ainda que foragidas em outras unidades federativas”, afirmou.
As duas mulheres foram transferidas para unidades policiais e devem ser encaminhadas de volta a Mato Grosso, onde devem responder à Justiça pelos crimes cometidos.
