O corpo da empresária Elaine Stelatto Marques, de 45 anos, morta no dia 19 de outubro de 2023, no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães, apresentava lesões incompatíveis com afogamento.
A informação foi confirmada por uma fonte da Polícia Civil, que preferiu não ser identificada. O caso segue em segredo de justiça.
Conforme apurado pela reportagem, a Polícia constatou, a partir de postagens nas redes sociais da vítima, feitas no mesmo dia do crime, que Elaine não tinha nenhuma marca em seu corpo.
Os exames periciais, no entanto, revelaram inúmeros hematomas e lesões espalhadas pelo corpo, inclusive na cabeça.
Um brinco arrancado da orelha e unhas quebradas, além das múltiplas lesões, indicavam uma possível situação de luta, contradizendo a versão apresentada pelo principal suspeito do crime.
Versões desencontradas
O advogado Cleber Figueiredo Lagreca, que foi preso no último final de semana, é investigado pelo estupro e feminicídio qualificado da empresária. Ele responde também por fraude processual majorada.
Cleber e Elaine passaram o dia no Lago do Manso, em Chapada dos Guimarães. Na época, o advogado apresentou uma versão que não convenceu a Polícia.
Cleber disse que houve um defeito mecânico no motor da lancha em que estavam.
A embarcação estava sendo guinchada quando, segundo ele, Elaine resolveu “tomar banho com a embarcação em movimento e com uma corda amarrada na cintura”, diz trecho do B.O. da época do crime.
Ela teria se “desequilibrado com as ondas da água e se afogado”.
