Ao menos nove pessoas morreram ao longo da última semana, envolvidas em conflitos no garimpo ilegal localizado na Terra Indígena do Sararé, em Pontes e Lacerda (450 km de Cuiabá).
Flávia Melo, de 20 anos, José Roberto Ribeiro da Silva, de 19, dois adolescentes, de 17 e 16 anos, foram as primeiras vítimas, encontradas mortas entre segunda (23) e terça (24). Outro homem de 33 anos foi baleado e sobreviveu, tendo passado por cirurgia.
Já no sábado (28), cinco garimpeiros foram baleados durante um confronto com a PRF e morreram no local. Os policiais estavam acompanhando servidores do Ibama e foram atacados a tiros, momento em que revidaram e atingiram os garimpeiros. A identidade dos garimpeiros que morreram não foi divulgada.
Segundo as autoridades, o garimpo ilegal é controlado por uma organização criminosa. Foram apreendidas seis armas com os criminosos: um fuzil 556, uma submetralhadora, uma espingarda calibre 12, duas pistolas e um revólver, além de munições, miras refletivas e carregadores.
Da última semana até o momento foram destruídas 30 escavadeiras, 22 caminhonetes, dois caminhões, uma pá-carregadeira, 6 motos, 25 acampamentos e 5 mil litros de combustível, além de diversos motores e equipamentos pelos agentes do Ibama. A operação conta com o apoio de três aeronaves.
Desde 2023, cerca de 200 escavadeiras foram destruídas pelo Ibama na Terra Indígena Sararé.
A maioria dos crimes cometidos na área é motivado por disputa de terras entre os próprios garimpeiros. Estima-se que desde 2021 foram degradados mais de 1,9 mil hectares do território protegido para a exploração de ouro.
