Cuiabá, 30 de Abril de 2025

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Polícia Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025, 08:56 - A | A

Quarta-feira, 12 de Fevereiro de 2025, 08h:56 - A | A

INVESTIGADO PELA CORREGEDORIA

Delegado é preso por suspeita de propina e assédio sexual em Lucas do Rio Verde

Prisão aconteceu nessa terça-feira; polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão domiciliar contra a autoridade

Rdnews

O delegado João Antônio Batista Ribeiro Torres, da Delegacia da Polícia Civil de Lucas do Rio Verde (a 354 km de Cuiabá), foi preso nessa terça-feira (11), após denúncias de propina e assédio sexual. A informação foi confirmada pela assessoria da corporação.

Ainda segundo a assessoria, além da prisão, a Corregedoria-Geral também cumpriu mandado de busca e apreensão domiciliar contra a autoridade. As medidas cautelares representadas pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil foram acolhidas pelo Ministério Público e decretadas pelo juízo da Comarca de Lucas do Rio Verde. 

Como já publicado pela reportagem no dia 31 de janeiro, o delegado era investigado pela Corregedoria-Geral da Polícia Civil de Mato Grosso, que sugeriu para a Diretoria Geral a saída dele da unidade policial até a conclusão das investigações. Ele nega as acusações.

Segundo apurado pela reportagem na época, o pedido de remoção tinha como base um relatório técnico de outubro de 2024, que aponta oito fatos contra o delegado, desde acusações de vantagens indevidas até assédio sexual contra uma servidora.

Uma das denúncias diz que João Antônio teria solicitado R$ 30 mil ao dono de um carro para não instaurar um inquérito policial após um acidente de trânsito. Em outro caso, ele teria recebido R$ 40 mil de um advogado para arquivar um inquérito policial relacionado a falsidade ideológica em documentos de propriedade rural.

Além disso, o delegado teria transferido para si próprio um inquérito que estava distribuído para outra delegada, para atender aos interesses de terceiros. A denúncia também aponta que João Antônio teria cobrado valores em troca de proteção e recebido vantagens indevidas para não dar andamento nas investigações que apurava crimes de uma empresa.

Entre outras denúncias, existe uma de assédio sexual contra uma servidora, que foi exonerada após ausência de prosseguimento do caso devido à amizade entre o delegado denunciado e a delegada titular.

Por conta das denúncias, a Corregedoria determinou investigação do caso. “Utilizando-se de técnicas investigativas legais e previstas no ordenamento jurídico, realize entrevistas, buscas por testemunhas, e diligências que ao final conclua-se em um relatório acerca dos fatos, com sugestões de providências, conforme o caso, apurando-se a materialidade do fato e sua autoria”, diz trecho.

Outro lado

Na época, o delegado afirmou ao Rdnews que as acusações – feitas de forma anônima – eram inverídicas. “Trata-se de denúncias anônimas (informações) e, portanto, carecem de sustentação (justamente por isso a corregedoria instaurou procedimento preliminar)”, disse.

“No tocante ao suposto assédio sexual ventilado, também é falsa a acusação (fato este que já havia sido apurado e concluído nesse sentido). De toda forma, sou totalmente favorável que a Corregedoria apure esses fatos graves, da forma mais célere e coesa possível, para que a verdade venha à tona e que a justiça seja feita”, completa.

João Antônio disse ainda ao Rdnews que aguarda o recebimento da portaria de remoção "com a cabeça erguida".

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