A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Contra Impetum, para cumprir nove mandados judiciais contra integrantes de uma facção criminosa que estariam envolvidos no ataque à casa e escritório do advogado Marcos Mendes, e a uma empresa da cidade. Os crimes aconteceram entre os dias 1 e 3 de novembro do ano passado.
Segundo a Polícia Civil, as investigações apontam que o advogado atuou na defesa de duas pessoas presas em flagrante em outra ocorrência. Como pagamento pelos honorários, ele havia recebido um veículo.
Contudo, o cliente tentou reaver o veículo, mesmo sem pagar os honorários combinados. Em uma das oportunidades, o cliente teria saído do escritório do advogado afirmando que resolveria a situação de uma forma ou de outra.
O cliente então teria contratado uma facção criminosa para dar um susto no advogado. A polícia apurou que os ataques teriam sido ordenados por dois integrantes de uma facção, identificados no inquérito policial, e realizados por cinco outros criminosos ligados ao grupo. Um dos líderes da facção chegou a enviar mensagens ao advogado dizendo que o profissional teria que ‘devolver’ o veículo. O empresário também recebeu ameaças por mensagens.
As diligências identificaram os autores dos ataques, sendo um deles preso no decorrer da investigação. Conforme a apuração, os executores afirmaram que o ataque ao escritório era ‘pra dar um susto no advogado’, pois o profissional estaria, supostamente, dando golpe em clientes. A Polícia Civil também identificou a outra dupla que fez os disparos que atingiram a casa do advogado.
Em relação ao ataque à empresa agrícola, a investigação apurou que os disparos foram ordenados por duas pessoas contra quem o empresário que havia ajuizado uma ação sobre a disputa de um imóvel em Lucas do Rio Verde. Após a vítima entrar com a ação, passou a receber ameaças.
Cumprimento de mandados
Nesta quinta-feira, a Polícia Civil foi às ruas para cumprir seis mandados de prisão e três de busca e apreensão contra o grupo envolvido nos ataques. As ordens judiciais foram deferidas pelo juízo da 5ª Vara Criminal de Sinop, de combate ao crime organizado.