O pecuarista de Mato Grosso Germano Schaffel Nogueira, morador de Juína, é filho da ex-vereadora do MDB, Simone Schaffel Nogueira. Ele é apontado como o “cara do agro” citado nas investigações da Polícia Federal (PF) sobre tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente da República Lula. As informações são do Metrópoles.
Como já informado pela reportagem, Germano citado pela PF como um dos elos entre o agronegócio e o general da reserva Mario Fernandes. O oficial foi preso em 19 de novembro por suspeita de elaborar um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF Alexandre de Moraes).
Simone Schaffel, mãe de Germano, já exerceu três mandatos na Câmara Municipal de Castanheira (a 779 km de Cuiabá), chegando à presidência do Legislativo. Antes disso, ela foi diretora da Escola Municipal de Castanheira e secretária de Assistência Social. A ex-vereadora deixou a política em 2020, após a morte do marido, Paulo Inácio Schaffel, em 2017. O motivo, relatou, foi intensificar as visitas aos pais, que moram no Espírito Santo.
Ainda conforme a publicação do Metrópoles, Germano é formado em Medicina Veterinária e dono de duas empresas em Juína e Castanheira. Uma delas, a Agro Assessoria, foi aberta em 2014, tem capital social de R$ 100 mil e faturamento anual de R$ 360 mil. A principal atividade da empresa é o “treinamento em desenvolvimento profissional e gerencial”, atuando no comércio de máquinas e equipamentos, produtos agrícolas e animais vivos.
Também em 2014, o empresário abriu o CTC Clube de Tiro de Castanheira, com foco em “esporte e recreação”. O CNPJ da empresa, no entanto, está registrado como inapto, indicando que o estabelecimento não está mais em funcionamento.
Em 2016, Nogueira fundou a Fortese, uma empresa de vigilância e segurança privada com sede em Castanheira. Ela também foi inscrita com capital social de R$ 100 mil e faturamento anual de R$ 360 mil.
Citado em relatório
Germano Schaffel Nogueira é citado pela PF como um dos elos entre o agronegócio e o general da reserva Mario Fernandes. O oficial foi preso em 19 de novembro por suspeita de elaborar um plano para matar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF Alexandre de Moraes.
Tornado público nesta semana pelo STF, o relatório da PF descreve Mario Fernandes como “um dos [oficiais de alta patente] mais radicais”. Ex-secretário-executivo da Secretaria-geral da Presidência da República no Governo Jair Bolsonaro (PL), o oficial é indicado pela PF como responsável por incentivar manifestantes acampados em quarteis após as eleições de 2022.
As articulações incluíam representantes do agronegócio, como Germano Schaffel Nogueira. Líderes de caminhoneiros, como o mato-grossense Lucão, também estavam em Brasília para fortalecer o acampamento.
Segundo o Repórter Brasil, a PF descobriu que Germano Schaffel Nogueira foi o organizador da “Manifestação pela Liberdade”, ato realizado na Esplanada dos Ministérios em 30 de novembro de 2022. De acordo com os investigadores da PF, a manifestação era de especial interesse do general Mario Fernandes.