Cuiabá, 07 de Dezembro de 2024

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Ligando os pontos Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 14:55 - A | A

Quinta-feira, 28 de Novembro de 2024, 14h:55 - A | A

"PARA IRRITAR FRANCESES"

Após crise do Carrefour, Lula faz aceno a agro de Mato Grosso: "Não é inimigo"

O governador Mauro Mendes (União Brasil) foi o primeiro a propor boicote ao Carrefour e Atacadão

Rdnews

O presidente da República  (PT) disse, nessa quarta-feira (27), que o agronegócio não é “inimigo”. cOM isso, fez um aceno às lideranças do setor,  considerado “carro-chefe” da economia de Mato Grosso,  que em sua maioria  são bolsonaristas.

Além disso, Lula  revelou desejar o crescimento do setor para “irritar” os franceses. A declaração foi em  referência às falas de Alexandre Bompard, diretor-executivo do Grupo Carrefour, e do deputado francês Vincent Trébuchet, sobre a qualidade da carne produzida no Mercosul.

“É importante que a gente não veja o agronegócio como inimigo […] Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês que hoje achincalhou os produtos brasileiros porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul nem tanto pela questão do dinheiro. Nós vamos fazer porque eu estou há 22 anos nisso e nós vamos fazer”, afirmou sobre o acordo do Mercosul com a União Europeia, na abertura do 14º Encontro Nacional da Indústria (Enai), em Brasília (DF).

“Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen tem procuração para fazer o acordo, e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda. Tirar isso da minha pauta”, completou o petista.  

As críticas de Bompard foram contra a compra de carnes dos países do Mercosul, incluindo o Brasil, em momento que a indústria francesa pressiona para que o texto não seja firmado. Já Trébuchet falou que “nossos agricultores não querem morrer e nossos pratos não são latas de lixo”.

Após os frigoríficos brasileiros se mobilizarem para não vender mais ao Carrefour, até mesmo em solo brasileiro, o diretor do grupo se retratou, na última  terça-feira (26).

   O governador   Mauro Mendes (União Brasil)  foi o primeiro a propor boicote ao Carrefour e Atacadão por conta das declarações do CEO mundial  da rede. No entanto, considera o assunto encerrado.

“Superamos essa polêmica do CEO do Carrefour, que fez um lamentável e infeliz comentário. Teve que agora retroceder, repondo a verdade e repondo, acima de tudo, o respeito ao nosso país e ao agro brasileiro, que é o maior exportador de alimentos para todo o planeta”, disse Mauro Mendes.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), também afirmou   que o pedido de desculpas feito pelo presidente global do Carrefour  coloca um ponto final no episódio envolvendo críticas à carne brasileira. Segundo ele, “quem quiser ofender a qualidade dos produtos brasileiros. (Com informações do Metrópoles)

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