O Ministério Público Estadual denunciou, na quinta-feira (8), os irmãos Romero e Rodrigo Xavier Mengarde como mandante e executor, respectivamente, do assassinato da produtora rural Raquel Catanni.
Ela é filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL) e foi assassinada com 34 facadas no dia 18 de julho, em uma fazenda. Romero estava em processo de separação da vítima, com quem era casado e tinha dois filhos.
Os dois irmãos foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (feminicídio, promessa de recompensa, e emboscada com recurso que dificultou a defesa da vítima). Consta contra Rodrigo, ainda, o crime de furto, por ter levado diversos pertences da casa de Raquel, como celular e moto.
A denúncia foi feita pela promotoria de Nova Mutum e ainda não foi analisada pela Justiça de Mato Grosso. Caso aceite a denúncia, os irmão figurarão como réus no processo.
Eles estão presos desde o último dia 26 de julho, por conta do crime.
Entenda o caso
Nesta terça-feira, a Polícia Judiciária Civil concluiu o inquérito e indiciou os irmãos.
Raquel Cattani, de 26 anos, foi encontrada morta dentro de sua residência no assentamento Pontal do Marape, em Nova Mutum, na manhã de 19 de julho.
A investigação, coordenada pelos delegados Edmundo Félix e Guilherme Pompeo, analisou imagens de câmeras de segurança da vila onde a vítima tinha um sítio e das cidades da região, como São José do Rio Claro e Tapurah.
Na tentativa de ludibriar a Polícia Civil, o mandante do crime criou álibis como almoço com os ex-sogros, churrasco com pessoas com as quais não tinha convivência estreita e até ida a boates na cidade de Tapurah, entre a tarde e a noite de execução do crime, com a intenção de reforçar que não seria considerado o principal suspeito do homicídio.
Porém, no decorrer das investigações, as equipes policiais reuniram evidências que possibilitaram chegar aos dois envolvidos no crime brutal: Romero, mandante e ex-marido da vítima, e seu irmão Rodrigo, o executor do crime que montou a cena na residência de Raquel para que a Polícia Civil acreditasse que o crime teria motivação patrimonial.
