Presa durante a 3ª fase da Operação Doce Amargo, na semana passada, a servidora exonerada da Assembleia Legislativa de Mato Grosso Maria Eduarda Aquino da Costa Marques foi solta por decisão da Justiça, mas terá que cumprir 5 medidas cautelares. Ela não poderá deixar a cidade sem autorização e deverá ficar em casa entre às 20h e 6h.
A operação da Polícia Civil mirou traficantes de drogas sintéticas, em Cuiabá. Ao todo foram expedidos 151 mandados, sendo 43 de prisões preventivas, 54 de busca e apreensão e 54 ordens de bloqueio de contas.
No curso das investigações foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de melhor poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.
Um dos alvos foi Maria Eduarda, que atuava como assessora técnica na primeira-secretaria da Casa de Leis. Ela foi exonerada no dia seguinte à operação.
A defesa dela entrou com um recurso de habeas corpus, que foi acolhido pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O alvará de soltura já foi expedido, porém foram impostas algumas medidas cautelares:
- comparecimento obrigatório a todos os atos do processo;
- proibição de se ausentar da comarca onde reside por prazo superior a 7 dias, salvo com autorização do juízo processante, uma vez que sua permanência na região do distrito da culpa é conveniente para a instrução criminal;
- não manter contato, seja pessoal ou por qualquer meio de comunicação eletrônica, com nenhum investigado ou testemunha que venha a ser arrolada na fase processual, caso haja;
- recolhimento domiciliar das 20:00 hs até as 06:00 hs da manhã seguinte;
- manter sempre atualizado seu endereço na ação principal.