Durante evento na Assembleia, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou sobre às investigações da morte do advogado Roberto Zampieri, que agora está nas mãos do STF, após possível envolvimento de pessoas com foro privilegiado em suposto esquema de venda de sentenças. Questionado por jornalistas sobre o tema, o decano do Supremo destacou que “nem tudo o que se divulga é necessariamente verdadeiro”.
“É preciso ter muita cautela também em relação a essas divulgações. É preciso ter muita reflexão em torno disso, isso vale para nós, vale para as autoridades investigadoras e vale para a imprensa. O Judiciário está e estará empenhado em esclarecer esse fato com a (maior) rapidez possível”, destacou o ministro - assista
Zampieri foi morto em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Nos últimos meses, após análises no celular do advogado, foi revelado que o jurista participava de um suposto esquema de venda e decisões judiciais no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), que levou ao afastamento de dois desembargadores e um juiz. O “celular bomba” de Zampieri também teria mostrado suposto envolvimento de ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e até mesmo de magistrados do STF.
Por isso, o processo, que tramitava na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, passou para o STF. “Os fatos estão sendo investigados. Como se entendeu que poderia haver repercussão na esfera da prerrogativa de foro, esse processo foi, a pedido da Procuradoria-Geral, para o Supremo Tribunal Federal. Foi distribuído ao ministro (Cristiano) Zanin, que ficara responsável por conduzir as investigações”, ressalta Gilmar Mendes.
Ainda segundo ele, todos estão interessados no esclarecimento dos fatos.