Cuiabá, 02 de Novembro de 2025

icon facebook icon instagram icon twitter icon whatsapp

Agro Quinta-feira, 16 de Outubro de 2025, 11:14 - A | A

Quinta-feira, 16 de Outubro de 2025, 11h:14 - A | A

CENÁRIO PREOCUPA

Atraso nas chuvas deixa produtores em alerta e pode comprometer início da safra

O cenário aumenta o risco de falhas de estande, necessidade de replantio e encurtamento da janela para o milho safrinha

Rdnews

O atraso na regularização das chuvas em Mato Grosso já acende sinal de alerta para o plantio da soja. A falta de precipitações contínuas tem limitado o ritmo das operações em campo e aumenta o risco de falhas de estande, necessidade de replantio e encurtamento da janela para a segunda safra de milho, aponta a Associação dos Produtores de Soja e Milho do estado (Aprosoja-MT). Apesar do fim do vazio sanitário em 6 de setembro, menos de 25% da área prevista havia sido semeada até a última atualização do Imea.

O presidente da entidade, Lucas Costa Beber, avalia que o cenário tem sido desafiador. “O andamento do plantio chegou a 21%, porém nós temos observado que há muitas previsões de chuva que não têm se confirmado. Havia uma expectativa de aceleração de plantio já após a segunda quinzena de setembro e estamos entrando na segunda quinzena de outubro e as chuvas ainda não regularizaram, ou seja, mesmo com esse plantio em andamento, havia lugares que estavam há mais de 10 dias sem chuvas, o que pode causar deficiência no estande de plantas, uma má distribuição de plantio ou também replantio, que ainda não é possível mensurar. Tem sido um plantio desafiador esse ano, porque, apesar do ritmo acelerado, as chuvas ainda precisam se regularizar para ter uma maior segurança”, afirmou.

Conforme esclarece a associação, a regularização das chuvas é decisiva para acelerar o plantio e resguardar a janela da safra do milho, cultura que ganha cada vez mais espaço na produção mato-grossense. O presidente da Aprosoja reforça que um dos desafios é a possível queda de produtividade, provocada pela falta de chuva. 

“Tivemos casos de lavouras semeadas que só receberam chuva até poucos dias depois. Essas plantas tendem a perder porte, ficar mais baixas e, com falhas de estande, podem comprometer a produtividade e, consequentemente, a produção do estado, até porque uma área significativa já foi plantada. Isso pode impactar o resultado final lá na frente e, além disso, muitos produtores não conseguiram acelerar o plantio para evitar um atraso na segunda safra. Isso preocupa, já que o ideal é que, até 20 de outubro, as áreas destinadas ao milho estejam todas plantadas para garantir uma janela segura de produção.”

Em um ano de margens pressionadas e com menos espaço para investimentos, a Aprosoja-MT alerta também para os efeitos financeiros que afetam os produtores, especialmente com a necessidade de replantio.

“Quando é preciso replantar, o custo é muito alto. Muitas vezes o produtor fica em dúvida para não perder a janela da segunda safra. Por outro lado, se não replantar, pode colher menos, ainda que tenha caprichado no plantio. E ainda temos outros cenários, como quando a semente não tem o vigor desejável e as perdas podem aumentar”, afirma o presidente da Aprosoja-MT.

Entre no grupo do MT EM PONTO no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI)

Comente esta notícia

Rua Mirassol (LOT CONSIL), nº 14, QD 14, LT 14.

Cuiabá/MT

(65) 99962-8586

[email protected]