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Política Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025, 08:36 - A | A

Quarta-feira, 12 de Novembro de 2025, 08h:36 - A | A

EM BELÉM

Governador defende Ferrogrão na COP 30 e critica “migalhas” dos países ricos

Mauro também defendeu a construção da Ferrogrão e criticou a interferência de governos estrangeiros e ONGs em projetos de infraestrutura no país

Rdnews

O governador Mauro Mendes (União) cobrou dos países ricos, durante a COP 30, em Belém (PA), o cumprimento das promessas feitas há mais de 30 anos nas conferências climáticas, especialmente o financiamento de ações voltadas à preservação das florestas tropicais. Segundo ele, em três décadas os países desenvolvidos mudaram muito pouco o comportamento e seguem tentando impor regras ao Brasil.

“Falaram agora em R$ 5,5 bilhões. Cadê os R$ 100 bilhões prometidos em tantas e tantas COPs e que nunca se concretizaram? Precisamos ser respeitados como país do agronegócio, das florestas, da biodiversidade. Eles precisam pagar — e não com migalhas”, disparou o governador de Mato Grosso, um dos principais celeiros do Brasil. O Estado abriga três biomas estratégicos para a preservação ambiental: Pantanal, Cerrado e Amazônia.

Mauro também defendeu a construção da Ferrogrão e criticou a interferência de governos estrangeiros e ONGs em projetos de infraestrutura no país. “Aí vem o senhor Macron, vêm algumas ONGs dizer que a Ferrogrão é um atentado ao planeta. Atentado ao planeta é mentir, como têm mentido com esses dados e números”, reagiu o governador, afirmando que Mato Grosso é exemplo de equilíbrio entre produção e preservação. O Estado mantém 60% do território conservado, é um dos maiores produtores de alimentos do planeta e contribui para a segurança ambiental e alimentar do Brasil e do mundo. 

Em contrapartida, Mauro apontou a incoerência dos países desenvolvidos, que continuam ampliando o uso de combustíveis fósseis e carvão, sem preocupação com os impactos ambientais. “Continuam poluindo, devastaram o que tinham e hoje não têm coragem de colocar a mão no bolso para retribuir a quem verdadeiramente preserva. Essa verdade precisa ser dita”, afirmou.

O governador ainda criticou os entraves burocráticos que, segundo ele, impedem o uso sustentável dos recursos naturais no país, sob uma “falsa alegação de defesa ambiental”.

“Quanto custa ficar 15 anos esperando uma licença para uma mina de potássio no Amazonas, essencial ao agronegócio e à segurança alimentar do planeta? Quanto custa não termos a Ferrogrão ligando o Norte de Mato Grosso ao Pará, enquanto caminhões queimam óleo diesel? E ainda querem dizer que isso é um atentado ao planeta? Atentado é a mentira que eles contam há décadas”, concluiu.

O painel contou também com a participação dos governadores Helder Barbalho (PA), Wilson Lima (AM), Carlos Brandão (MA) e Clécio Luís (AP).

Comitiva de MT

O governador lidera a comitiva do governo que terá agendas entre os dias 10 a 19 de novembro, sendo que o governador ficará no Pará até hoje (11). Além de Mauro, estão na COP o deputado estadual Carlos Avallone,, a secretária de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti, o comandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar, coronel Flávio Gledson Bezerra, e o promotor de Justiça Marcelo Vacchiano.

A primeira-dama Virginia Mendes acompanhou o governador, mas custeando as próprias despesas. Também fazem parte da comitiva do Estado servidores das Secretarias de Meio Ambiente, de Desenvolvimento Econômico e de Agricultura Familiar e representantes do Instituto PCI, Imac, Programa REM e Aprosoja - saiba mais sobre as agendas

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